O divórcio é a falência da empresa familiar. Ora uma falência pode ser necessária e até indispensável mas nunca é um acontecimento construtivo, pelo contrário é destrutivo.
Portugal é actualmente um dos países com mais divórcios de toda a UE, mais do que na Suécia, na Dinamarca ou na Finlândia, países de costumes vincadamente liberais, talvez seja útil perguntar: porquê?
Penso que a resposta está na atitude Quixotesca (leia-se simplória) que os portugueses desenvolveram relativamente ao casamento. Esqueceram completamente que o casamento é um contrato livremente celebrado entre as partes para a realização de um empresa comum e passaram a contemplar apenas o romance e as emoções.
Ora, como é fácil de compreender, celebrar um contrato com base em emoções é de uma leviandade tremenda e a possibilidade de falência só surpreende por não ser maior. Se relacionarmos o sucesso do País com o sucesso das “empresas familiares”, fica clara a ameaça que paira, a longo prazo, sobre o sistema político.
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