28 dezembro 2008

apris, empis & links

Os seres humanos podem ser classificados em três categorias: os Apris, os Empis e os Links. Em posts futuros vou tentar elaborar um pouco mais sobre cada uma destas categorias, bastará por agora esclarecer o seguinte:
Os Apris são indivíduos que, analisando a realidade, procuram constantemente descobrir princípios a priori que os guiem. Buscam proposições inabaláveis que sirvam de fundação à cultura humana. Já aqui dei exemplos de alguns desses princípios. Se afirmarmos que “o existente existe”, estamos a afirmar uma dessas proposições inquestionáveis. O mesmo acontece quando afirmamos que “nada pode ser criado do nada”, por exemplo, ou quando afirmamos que Deus, enquanto princípio, existe (não me estou a referir a qualquer Entidade antropomórfica). Afirmar o contrário seria resignarmo-nos à confusão mental e à estupidez.
Os Empis são pessoas que apenas apreendem elementos parcelares da realidade de forma empírica, sem procurarem “reconstruir o puzzle” ou perceber quaisquer princípios gerais. Não me parece que sejam pessoas obrigatoriamente mais estúpidas do que os Apris, apenas pessoas que se prendem demasiado com as árvores e esquecem a floresta. Se apresentarmos a um Empi um argumento metafísico sobre Deus, ele responde-nos com mil e um factos históricos que procuram destruir o argumento inicial. Se insistirmos surge o insulto...
Os Links são um tipo intermédio. Não fazem qualquer esforço por compreender o mundo, mas entendem os princípios a priori. Por outro lado também se mostram sensíveis à perspectiva dos Empis e são hábeis a lidar com factos avulsos. Esta capacidade permite-lhes manipular a populaça, quase toda constituída por Empis, para os seus próprios fins. Estão mesmo a ver que muitos políticos caiem nesta categoria de seres humanos.

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