É consensual que a situação económica se vai deteriorar bastante durante 2009, pelo menos na nossa zona económica. Dando este facto como verosímil, os governos poderão ser tentados, sempre que possível, a antecipar eleições, para beneficiarem deste breve interregno de suspense entre o anunciar da crise e a realização de que as medidas tomadas não estarão a surtir o efeito desejado.
O principal exemplo, será talvez o RU, onde se fala abertamente de eleições relâmpago em Janeiro. Os analistas económicos prevêem que, neste país, 2009 ficará marcado pelo desemprego crescente, pela corrida à Libra, que poderá atingir a paridade com o Euro, e pelo colapso dos bancos nacionalizados, que apesar das garantias do governo, continuam a não conseguir angariar capitais privados.
Gordon Brown poderia aproveitar o início do ano para ir às urnas, beneficiando da cobertura mediática que tem tido ultimamente. Os britânicos vêem o esforço que o homem faz para os tirar do buraco e podem não se lembrar que foi ele próprio que o cavou.
Para os que gostam do humor inglês, alguém comentava esta semana que, no decorrer de um evento social, o telemóvel de Gordon Brown tocou e este, com um sorriso rasgado, terá comentado:
- Peço desculpa, deve ser outro banco que faliu!
Extrapolando desta análise, os governos que forem a eleições lá para o final de 2009, não deverão ter a vida tão facilitada. A ver vamos.
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