A propósito dos sistemas de avaliação profissional, pessoa amiga descreveu-me como é que na empresa onde trabalha, nos EUA, se avaliam os trabalhadores. Usam a auto-avaliação, a avaliação pelas chefias e ainda uma avaliação feita por todos e cada um dos colegas de trabalho. O departamento de recursos humanos tem depois a tarefa de integrar todos estes dados.
Ora recentemente, na dita empresa, foi necessário despedirem “um milhão de dólares de trabalhadores”, para equilibrarem as contas. Com tanta avaliação teria sido fácil identificar as pessoas que menos valor acrescentavam à empresa e correr com elas.
O que fizeram? Exactamente o contrário, do lote envolvido, despediram as mais capazes. Surpreendido, eu? Não. Quando são chamadas a tomar decisões difíceis, as pessoas raramente usam a razão.
Receio que qualquer método de avaliação dos professores, em Portugal, se torne ainda mais perverso e que sirva não só para afastar os concorrentes competentes como também para liquidar os professores mais honestos. É a vida.
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