Recentemente um comentador, na aparência economista, escreveu que a ciência económica convencional não o ajudava a compreender a sociedade portuguesa, porque a ciência económica postula funções de utilidade e comportamentos racionais, ao passo que o menino mimado se comporta de forma irracional.
Na realidade, considere-se a reacção típica do menino mimado quando é contrariado. Ele insulta imediatamente quem lhe sai pela frente e atira à cabeça de quem o contraria todos os objectos que tem à mão, incluindo pratos, copos e cinzeiros.
Eu penso que desde o último sábado, com a manifestação dos professores, a sociedade portuguesa entrou neste estado de fúria do menino mimado. A partir de agora serve tudo para atirar à cabeça dos governantes.
Não é só a ministra da educação que está a apanhar com tudo o que é agressão, incluindo ovos. Um secretário de estado também apanhou ontem numa escola de Chelas. É também o governador do Banco de Portugal que é agora o objecto da ira do menino mimado. E ainda o ministro Manuel Pinho a propósito de uma história tão importante que, francamente, nem tenho paciência para lhe ler os detalhes.
O menino mimado está com a birra. A racionalidade fica suspensa. Vale tudo para atirar à cabeça de quem o contraria. Vai haver chatices em casa.
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