19 novembro 2008

a estes galifões do insulto gratuito


"... desse acabado imbecil que lhe serve de sacristinho nos dias pares e side-conas nos ímpares e que responde pelo inenarrável epíteto de Jaquim, então, nem comento..."
(Dragão, aqui)

Mas isto tem algum jeito? Mas isto tem sequer alguma graça? Será que o Joaquim alguma vez insultou alguém e, em especial o Dragão?

Não, nunca insultou ninguém, mas eu estou certo que em breve o fará (há dias esteve mesmo na fronteira de o fazer). É uma questão de tempo. Fá-lo-à, quando estiver saturado, em reacção legítima a estes galifões do insulto gratuito, como o Dragão. O grande problema desta cultura do insulto é que ela acaba por arrastar mesmo as pessoas mais decentes para esse grande saguão a que se referia Salazar aqui.

O insulto existe em todas as culturas e tem uma função nelas. É uma arma de defesa pessoal. Mas precisamente porque é uma arma, não pode ser utilizada com fins ofensivos, que não tenham sido provocados, e muito menos como uma arma de agressão preventiva ("eu insulto-te já a ti porque presumo que um dia tu me insultarás a mim"). É uma arma que, como todas as armas, só pode ser utilizada em legítima defesa, sob pena de a sociedade cair no caos, no reino do mais forte, na desordem e na miséria. Foi nisso que Portugal caiu sempre que o insulto teve liberdade de expressão no país.

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