Os mercados de acções continuam muitíssimo voláteis. Esta volatilidade penaliza estratégias de investimento que dependem de tendências definidas, em particular no mercado de acções. Claro que qualquer investidor, particular ou institucional, pode especular na baixa dos mercados, contudo, esse não é o quadro mental genericamente adoptado. Nem é aquele que, a prazo, maximiza a rentabilidade obtida. Afinal, no mercado accionista, apesar dos anos negativos (tal como o presente 2008), a inércia de longo prazo é ascendente. E o retorno que se deve esperar do investimento em acções, em média, é de 8 a 10% ao ano.
Então, nas actuais circunstâncias, qual a estratégia de investimento mais adequada? É aquela que reduz ou elimina o risco direccional, ou seja, aquela que especula tanto na alta como na baixa dos mercados. Uma estratégia Long/Short. De preferência, uma estratégia que não permaneça muito tempo no mercado. Algo do género daquilo que eu pratico num dos meus portefólios (*). Com maior ou menor risco. E com maior ou menor rotação.
Deixo, no entanto, um alerta para aqueles que queiram fazer este tipo de trading: atenção às comissões de corretagem. A prazo, tudo o que for superior a 5 pontos base (0,05%) por transacção, destruirá o valor esperado da estratégia. Em particular, se a ideia for comprar e vender todos os dias.
(*) Nota: O Short Selling aqui praticado só se faz quando o próprio corretor tem em inventário o número suficiente de títulos que eu quero vender a descoberto. O corretor empresta-me os títulos, eu vendo-os e recompro-os mais tarde.
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