Com o descrédito das religiões e o fim das utopias (socialismo e comunismo) a humanidade caiu num estado de grande vulnerabilidade psicológica. Qualquer problema adquire uma dimensão extraordinária e parece ameaçar, de súbito, a nossa existência.
Para quem tem fé religiosa, as dificuldades existenciais são apenas uma provação, um teste ao carácter do crente. O mesmo se passa, de algum modo, com os construtivistas sociais que têm fé num mundo melhor e que estão dispostos a fazer sacrifícios para o atingir. As adversidades são forças ao serviço da reacção.
Para quem não tem fé, porém, os problemas e as dificuldades tornam-se dominantes, ao ponto de ofuscarem as soluções e de nos atrofiarem. Claro que é isto que se está a passar com a actual crise financeira e que é também isto que espalha o pânico com o alegado aquecimento global. E foi isto que, também por exemplo, se passou com a epidemia do vírus das galinhas asiáticas, a primeira epidemia televisiva da história da medicina.
Estou convencido que na raiz destes comportamentos está um forte complexo de culpa, como negamos Deus já não somos dignos do paraíso e só nos pode esperar o inferno.
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