Quando ontem o Índice Dow Jones , depois de estar a cair cerca de 300 pontos à hora do fecho dos mercados europeus (16:30), deu a volta e acabou a subir mais de 400, ou quase 5%, eu tive a esperança que, finalmente, os mercados accionistas iriam estabilizar por aqui. A subida extraordinária de 10% na passada segunda-feira, pelo contrário, nunca me havia convencido.
As minhas esperanças parece que eram infundadas. Os mercados asiáticos, que esta noite deveriam ter respondido à subida do Dow, não o fizeram, exceptuando a reacção anémica do Nikkei que na véspera tinha caído 11%. E os mercados europeus, que abriram a subir mais de 4% em resposta à exuberância do Dow ontem, têm vindo a perder os ganhos à medida que a manhã avança. Os próprios futuros do Dow indicam neste momento que ele abrirá (às 14:30) a perder 260 pontos, quase 3%. Mais um fim-de-semana tenso em perspectiva.
As minhas esperanças parece que eram infundadas. Os mercados asiáticos, que esta noite deveriam ter respondido à subida do Dow, não o fizeram, exceptuando a reacção anémica do Nikkei que na véspera tinha caído 11%. E os mercados europeus, que abriram a subir mais de 4% em resposta à exuberância do Dow ontem, têm vindo a perder os ganhos à medida que a manhã avança. Os próprios futuros do Dow indicam neste momento que ele abrirá (às 14:30) a perder 260 pontos, quase 3%. Mais um fim-de-semana tenso em perspectiva.
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Qual a importância das bolsas neste momento de crise? As Bolsas são mecanismos que antecipam (descontam, em linguagem técnica) o futuro, mesmo se às vezes com algum exagero. Assim, as expectativas de melhoria da economia e da lucratividade das empresas levam os investidores a comprar acções e fazem subir as Bolsas. Pelo contrário, expectativas de deterioração da economia (v.g., aumento do desemprego e das falências, diminuição da taxa de crescimento do PIB e da lucratividade das empresas) levam os investidores a vender acções e fazem baixar as Bolsas.
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A queda de 40 a 50% (nalgumas, ainda mais) que já ocorreu nas Bolsas internacionais ao longo do último ano, a manter-se - e eu julgo que a queda se vai manter, senão mesmo agravar-se - é indiciadora de uma situação muito má para a chamada economia real num futuro próximo. É neste sentido que se pode afirmar que os piores efeitos da crise, aqueles que irão ser sentidos por toda a gente - e não apenas pelos investidores de Bolsa -, sob a forma de desemprego, falências, contracção do crédito, aumento das taxas de juro reais, diminuição dos salários reais, aumento dos défices públicos, etc., ainda estão para vir.
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Nota: Veja aqui as variações das principais Bolsas internacionais face aos seus respectivos máximos históricos, e este ano (desde 1 de Janeiro)
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