Nenhuma pessoa razoavelmente sensata poderá ter sido surpreendida com o verdadeiro banho que o PSD levou nas eleições dos Açores, e que antecipa o banho que levará nas próximas eleições nacionais. O PSD anda, há tempo demasiado, a proporcionar ao país um triste e lamentável espectáculo, e isso merece censura e reprovação por parte do eleitorado. Nos últimos treze anos, o partido teve sete líderes (uma média superior a um em cada dois anos), todos contestados internamente e afastados compulsivamente das suas funções, com excepção de José Manuel Durão Barroso, que abandonou o partido e o governo depois de lá ter chegado criticando António Guterres por ter feito exactamente o mesmo. A questão é, então, a seguinte: como esperam os dirigentes social-democratas conseguir votos para um partido no qual nem eles mesmos acreditam, e em quem não se sabe sequer se votam quando não se identificam com a chefia? Esperar podem esperar. Mas conseguir, já é coisa bem diferente.
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