12 outubro 2008

48 hours

Estamos a 48 horas da barbárie. O famoso MI5, o serviço “secreto” inglês, interrogou-se sobre quanto tempo demoraria uma civilização a cair na barbárie, após um colapso social. A resposta foi 48 horas.
Num cenário de catástrofe, após um acto terrorista, guerra ou simples calamidade natural, as populações abandonadas a si próprias, sem contacto com o exterior, sem aporte de provisões e sem controle policial ou militar, demorariam cerca de 48 horas a tornarem-se selvagens.
Claro que não se tornariam bons selvagens, como a esquerda romântica gosta de pensar. Passaria a imperar a lei do mais forte. Desapareceriam os direitos individuais. As propriedades seriam saqueadas e destruídas. Os fracos seriam escravizados e sujeitos a todo o tipo de sevícias. Por fim, a violência pela violência reinaria suprema.
Se sobrevivêssemos, nessas condições, e se tivéssemos tempo para nos recordarmos do passado, perceberíamos então como beneficiávamos da democracia liberal e capitalista e como toda a organização social é frágil.
É útil reflectirmos sobre este estudo do MI5 para percebermos como é importante preservarmos a nossa civilização. Na barbárie a vida voltaria a ser “curta e brutal”, como foi na maior parte da existência da nossa espécie.

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