Portugal vive um momento de evidente falta de liberdade. O país é débil, a sociedade muito fraca, o tecido empresarial é praticamente inexistente ou vive à sombra do Estado e dos favores públicos. Onde falta força privada é sabido que intervém a força pública. Para mais, é também conhecida a regra do aumento do autoritarismo onde falha a autoridade. À medida que enfraquece o país e diminui a capacidade de regeneração do seu tecido social, o estado faz aumentar as suas prerrogativas de soberania e de intervenção. Em Portugal para tudo e para todos há uma lei, um regulamento, uma norma, uma fiscalização, uma proibição, um chip, um inquérito, uma multa, uma penalização. A liberdade individual está sob suspeita e confinada à intimidade. Portugal é hoje um estado policiesco no mais amplo sentido da expressão, e todos sofremos e sofreremos com esta asfixia. O prejuízo só por daqui a muitos anos será calculável.
Como muitos outros portugueses, o Pedro Arroja está preocupado com Portugal. Não é o único. Portugal merece que se preocupem com ele e é hoje merecedor de preocupação. O Pedro tem vindo, nos últimos meses, a discorrer sobre a sociologia portuguesa e aquilo que pensa ser a origem dos nossos problemas. Tem procurado, no que acredita ser o nosso código genético civilizacional e social, as razões profundas para esta crise de identidade. A sua finalidade última é a de poder ser útil e contribuir para uma intervenção política sustentada. Eu aproveitaria para dizer, um pouco a latere, que o Pedro Arroja é, talvez, o mais livre homem público que conheço. Ele tem a virtude de dizer e escrever tudo o que pensa, sem olhar a conveniências pessoais. Não duvido que se “maquilhasse” devidamente o seu discurso político, teria abertas as portas de uma carreira política sem limites. Não o faz hoje, como o não fez no passado. É por isso que, apesar de discordar frequentemente com o que ele pensa, me honra particularmente a sua companhia neste blog.
Sucede que, em minha opinião, o Pedro tem visto adjacentemente as causas da crise nacional. Ela reside exclusivamente na falta de liberdade individual e no excesso de autoritarismo do estado. Há quinze anos, quando começou a intervir politicamente na opinião pública portuguesa, o Pedro Arroja denunciou a gritante falta de liberdade econômica que então se vivia. Ao contrário do que as aparências podem indiciar, hoje essa ausência de liberdade não é menor do que naqueles dias. Ela foi agravada, aliás, pela recomposição da máquina repressiva de um estado que naquela altura estava ainda a recompor-se do abalo sofrido pelo fim do marcelismo e pela revolução de Abril.
Em síntese, o que é necessário explicar aos cidadãos portugueses é que eles não são hoje homens livres, ao contrário do que possam indiciar as aparências. E que devem esforçar-se para voltarem a sê-lo, se querem recuperar alguma dignidade. Esta é a única intervenção política que faz sentido no Portugal de hoje.
Como muitos outros portugueses, o Pedro Arroja está preocupado com Portugal. Não é o único. Portugal merece que se preocupem com ele e é hoje merecedor de preocupação. O Pedro tem vindo, nos últimos meses, a discorrer sobre a sociologia portuguesa e aquilo que pensa ser a origem dos nossos problemas. Tem procurado, no que acredita ser o nosso código genético civilizacional e social, as razões profundas para esta crise de identidade. A sua finalidade última é a de poder ser útil e contribuir para uma intervenção política sustentada. Eu aproveitaria para dizer, um pouco a latere, que o Pedro Arroja é, talvez, o mais livre homem público que conheço. Ele tem a virtude de dizer e escrever tudo o que pensa, sem olhar a conveniências pessoais. Não duvido que se “maquilhasse” devidamente o seu discurso político, teria abertas as portas de uma carreira política sem limites. Não o faz hoje, como o não fez no passado. É por isso que, apesar de discordar frequentemente com o que ele pensa, me honra particularmente a sua companhia neste blog.
Sucede que, em minha opinião, o Pedro tem visto adjacentemente as causas da crise nacional. Ela reside exclusivamente na falta de liberdade individual e no excesso de autoritarismo do estado. Há quinze anos, quando começou a intervir politicamente na opinião pública portuguesa, o Pedro Arroja denunciou a gritante falta de liberdade econômica que então se vivia. Ao contrário do que as aparências podem indiciar, hoje essa ausência de liberdade não é menor do que naqueles dias. Ela foi agravada, aliás, pela recomposição da máquina repressiva de um estado que naquela altura estava ainda a recompor-se do abalo sofrido pelo fim do marcelismo e pela revolução de Abril.
Em síntese, o que é necessário explicar aos cidadãos portugueses é que eles não são hoje homens livres, ao contrário do que possam indiciar as aparências. E que devem esforçar-se para voltarem a sê-lo, se querem recuperar alguma dignidade. Esta é a única intervenção política que faz sentido no Portugal de hoje.
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