É possível chegar a Deus pela razão? Muitos teólogos acreditam que sim. Para eles, Deus terá concedido ao Homem suficientes evidências da Sua existência, de modo que seria suficiente um espírito livre e descomprometido para O alcançar.
De todos os eminentes padres da Igreja Católica, talvez S. Tomás tenha sido aquele que procurou ir mais longe na racionalização da existência de Deus. As suas cinco provas (a prova do movimento, a prova da causalidade eficiente, a prova da contingência, a prova dos diferentes graus de perfeição dos seres e a prova do governo do mundo) são um exercício de lógica racional irrepreensível, embora falível, como todas as asserções do espírito humano.
A razão é, na verdade, um instrumento eminentemente humano. É fonte de progresso e de verdade, mas é também a origem de muitas das tragédias que assolaram a humanidade. No campo puramente religioso, ela é frequentemente a causa das mais graves heresias condenadas pelas religiões reveladas, entre elas, a gnose. Na simbologia cristã, Lúcifer, o Anjo caído, o mais perfeito dos anjos, deixou-se cegar pela sua própria luz e revoltou-se contra o Criador. Lúcifer representa, na mitologia cristã, a queda do Homem pela soberba e pela vaidade das qualidades com que foi dotado por Deus. Ele foi, por conseguinte, o primeiro racionalista gnóstico.
De facto, para cada argumento racional probatório, sempre haverá, pelo menos, um outro argumento racional em sentido contrário. As provas de S. Tomás são disso mesmo um bom exemplo. Basta ler o último livro de Dawkins, onde racionalmente o guru do ateísmo contemporâneo as refuta uma a uma. Obviamente que os argumentos de Dawkins são, pela sua natureza, também eles refutáveis. E por aí em diante...
Deus não cabe, por conseguinte, na razão humana. Ele tocou a humanidade com a Sua Graça, fez dela parte Sua (é bom recordar que os homens foram feitos à “Sua imagem e semelhança”), mas os homens não são deuses. Deus não se nivelou pelos homens, mas são estes que Lhe pertencem e O integram.
O caminho para o conhecimento de Deus é, por isso, eminentemente pessoal e uma questão de fé. É matéria puramente espiritual e irracional. Não se pode explicar ou deduzir, nem conhecer por exemplo alheio ou demonstração. Os crentes acreditam em Deus, mas não O conseguem descrever ou explicar. Todas as tentativas neste sentido serão sempre, pela natureza das coisas, inconclusivas (embora não propriamente inúteis). Todavia, a presença de Deus na vida de todo e qualquer ser humano é uma evidência. Não há ninguém, mesmo o mais contundente incréu, que não tenha, pelo menos uma vez na vida, tê-Lo considerado. E, nessa medida, ter-se dimensionado e definido como homem em Sua função.
De todos os eminentes padres da Igreja Católica, talvez S. Tomás tenha sido aquele que procurou ir mais longe na racionalização da existência de Deus. As suas cinco provas (a prova do movimento, a prova da causalidade eficiente, a prova da contingência, a prova dos diferentes graus de perfeição dos seres e a prova do governo do mundo) são um exercício de lógica racional irrepreensível, embora falível, como todas as asserções do espírito humano.
A razão é, na verdade, um instrumento eminentemente humano. É fonte de progresso e de verdade, mas é também a origem de muitas das tragédias que assolaram a humanidade. No campo puramente religioso, ela é frequentemente a causa das mais graves heresias condenadas pelas religiões reveladas, entre elas, a gnose. Na simbologia cristã, Lúcifer, o Anjo caído, o mais perfeito dos anjos, deixou-se cegar pela sua própria luz e revoltou-se contra o Criador. Lúcifer representa, na mitologia cristã, a queda do Homem pela soberba e pela vaidade das qualidades com que foi dotado por Deus. Ele foi, por conseguinte, o primeiro racionalista gnóstico.
De facto, para cada argumento racional probatório, sempre haverá, pelo menos, um outro argumento racional em sentido contrário. As provas de S. Tomás são disso mesmo um bom exemplo. Basta ler o último livro de Dawkins, onde racionalmente o guru do ateísmo contemporâneo as refuta uma a uma. Obviamente que os argumentos de Dawkins são, pela sua natureza, também eles refutáveis. E por aí em diante...
Deus não cabe, por conseguinte, na razão humana. Ele tocou a humanidade com a Sua Graça, fez dela parte Sua (é bom recordar que os homens foram feitos à “Sua imagem e semelhança”), mas os homens não são deuses. Deus não se nivelou pelos homens, mas são estes que Lhe pertencem e O integram.
O caminho para o conhecimento de Deus é, por isso, eminentemente pessoal e uma questão de fé. É matéria puramente espiritual e irracional. Não se pode explicar ou deduzir, nem conhecer por exemplo alheio ou demonstração. Os crentes acreditam em Deus, mas não O conseguem descrever ou explicar. Todas as tentativas neste sentido serão sempre, pela natureza das coisas, inconclusivas (embora não propriamente inúteis). Todavia, a presença de Deus na vida de todo e qualquer ser humano é uma evidência. Não há ninguém, mesmo o mais contundente incréu, que não tenha, pelo menos uma vez na vida, tê-Lo considerado. E, nessa medida, ter-se dimensionado e definido como homem em Sua função.
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