O dilema com que se confrontam os taxistas é muito fácil de explicar. Se reflectirem nos preços o aumento dos combustíveis perdem mercado e o negócio perde viabilidade, se não o fizerem o aumento dos custos elimina as margens de lucro e o resultado é o mesmo, o negócio perde viabilidade. Estão entre a espada e a parede.
A alternativa seria a diminuição dos encargos fiscais associados aos combustíveis, como pede a associação profissional do sector, ou qualquer tipo de ajuda pública. Opção que o Ministério da Finanças já descartou.
A situação dos taxistas não é contudo exclusiva deste sector. À medida que o aumento dos preços pressiona os orçamentos familiares, as empresas debatem-se, genericamente, com a mesma situação. Por isto mesmo, a notícia de que a inflação em Portugal, no primeiro trimestre, foi menor do que na UE, não será assim tão positiva quanto o Governo a quis pintar. Na minha leitura significa que a nossa margem de manobra é bastante menor.
Em posts anteriores já defendi a necessidade de uma descida dos impostos. Se o custo de vida continuar a subir e o esforço fiscal não diminuir, estaremos perante uma prova irrefutável da insensibilidade do Governo às dificuldades da população e todo o cenário político para os próximos meses ficará em aberto.
Será então melhor que o senhor primeiro-ministro considere para si próprio as opções que agora se colocam aos taxistas: Bou ter de mudar de profissom!
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