Outra teoria explicativa do chamado «Teorema Pacheco Pereira», segundo o qual a credibilidade do PSD é inversamente proporcional ao tempo de liderança dos líderes que a têm, é a de que, durante os períodos (longos) em que o partido está entregue a líderes de impoluta credibilidade, subsistem nos porões das sedes os temíveis homens do aparelho, os verdadeiros «donos do partido», que passam o tempo a conspirar contra o chefe. Sendo uma hipótese muito consistente, só colide com dois factos: a carneirada (não propriamente os herdeiros de Francisco Sá Carneiro, de que Alberto João Jardim é o expoente máximo…) que habitualmente se arrasta por congressos e outros ajuntamentos de militantes, onde o chefe, qualquer que ele seja, obtém sempre enormes aclamações e legitimadoras maiorias, ao contrário, segundo facto, das «elites» do partido, sempre dispostas a maldizer publicamente o líder, qualquer que ele seja, também. Um «teorema» muito resistente, sem dúvida, excepto quando confrontado com a realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário