26 maio 2008

90 vs. 300

O meu querido amigo Luís Rocha, incontestável líder da oposição concelhia do PSD/Porto, mania romântica que não lhe passa nem com a idade, apresentou, em conjunto com os demais «oposicionistas», 90 pertinentes e enormes questões endereçadas aos quatro candidatos a líderes do PSD. Não ignorando a pertinência de todas e de cada uma das 90 dúvidas social-democratas, elas parecem-me, contudo, insuficientes e em número francamente reduzido. 90 perguntas apenas, ainda que com a substância de cada uma delas, ocupariam os candidatos, no máximo, vá lá, até às eleições legislativas, sabido que é o tempo preenchido de cada um deles e o esforço de substância a que teriam de proceder para responderem capazmente ao temível questionário. Como, nestes assuntos da política e do governo, o ideal é que os políticos andem entretidos com outras coisas mais importantes que não a governação, eu sugeriria ao Luís que, em vez de 90, as questões fossem 300. Número próprio dos heróis, como se vê pela gravura que acompanha este post. E um futuro líder do PSD precisa de ser um verdadeiro herói para colar os cacos em que o partido está estilhaçado. Não obstante o número muito reduzido das perguntas, não quero perder a circunstância para salientar a que é a minha favorita, a 12, à qual responderia com felicidade, fosse eu candidato a líder do PSD: «O aquecimento global é uma ameaça ou simples moda passageira?» A minha resposta seria clara: no PSD, o aquecimento global é uma ameaça séria; no resto do mundo, uma moda passageira. Um abraço amigo, caro Luís, e parabéns pelo esforço.

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