31 maio 2008

o interregno

Num partido fraccionado em dois blocos homogéneos, a divisão de um deles em dois dá automaticamente a vitória ao outro. É isto que representa a eleição de Manuela Ferreira Leite, com os seus cerca de 40% de eleitores, sensivelmente a mesma margem de Marques Mendes há seis meses, o que significa que o partido continua irremediavelmente fraccionado: nenhum dos lados conseguiu «seduzir» o outro. A prazo, é previsível que José Sócrates perca a maioria absoluta mas ganhe à mesma as eleições, e que a agitação no PSD continue. Será muito difícil a Manuela Ferreira Leite aguentar cinco anos e meio, até às eleições de 2012. É, por isso, mais do que provável que o partido assista, lá para meados da segunda legislatura de Sócrates, a nova disputa eleitoral. Desta vez entre Rui Rio e quem venha a segurar o segundo lugar da eleição de hoje.

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