Em muitos dos seus posts anteriores, Pedro Arroja tem vindo a escrever sobre a cultura Católica e, por contraposição, sobre a cultura Protestante. Os Católicos dependem mais de uma autoridade externa que defina valores morais e códigos de conduta. Não planeiam a tempo e são bastante tolerantes relativamente a comportamentos desviantes.
Interrogo-me até que ponto é que estes comportamentos não resultam de uma significativa prevalência de personalidades com locus externos na população portuguesa. Uma pessoa com um forte locus externo vai planear para quê? O que tem de ser será! Simultaneamente nunca poderá ser muito severa para com os outros porque projecta neles a sua suposta incapacidade e portanto não lhes pode atribuir culpa. O resultado das acções próprias, e dos outros, não surge relacionado com as respectivas consequências.
Pedro Arroja também sublinha que nos países Católicos as palavras são mais importantes do que as acções. Se de facto não estabelecermos uma relação de causa e efeito entre as acções e as suas consequências obviamente que não poderemos valorizar muito as acções. Já o que cada um diz é da sua inteira responsabilidade e portanto admito, como hipótese, que uma pessoa com um locus externo dê mais valor às palavras do que às acções.
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