A populaça somos todos, cada qual com capacidades e interesses diferentes. Se essas capacidades forem adequadamente desenvolvidas surgem elites, grupos diferenciados, capazes de um elevado desempenho em determinadas áreas. As elites adquirem naturalmente um estatuto social elevado e auferem rendimentos superiores.
Não é necessário perder muito tempo a explicar que todos os países necessitam de elites, para liderarem o processo de desenvolvimento social de que todos beneficiam. E que essas elites têm de ser recompensadas pelo esforço, por vezes extraordinário, que fizeram.
O estatuto de elites não lhes confere quaisquer privilégios sobre os restantes cidadãos, como fumar num voo transatlântico, conduzir a alta velocidade ou viver à conta do Estado. Pelo contrário, as elites devem ser escrupulosas no cumprimento das suas obrigações porque servem de modelo e exemplo para todos.
Os países anglo-saxónicos, protestantes, foram capazes de democratizar o ensino sem descurar a formação das elites. O Eton College, no R.U., ou a Bronx High School of Science, em Nova Iorque, são exemplos de escolas elitistas, de onde os alunos saem para universidades não menos elitistas, como Oxford ou Harvard.
Nos países latinos, católicos, a democratização do ensino foi acompanhada de um nivelamento por baixo que prejudica muito a sociedade. Gastam-se milhões com o chamado ensino especial, para crianças com problemas, e nem um tostão com as crianças que, pelas suas extraordinárias capacidades, poderiam ajudar a resolver os problemas do País.
Assim a populaça não passa da cepa torta.
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