Foi desta maneira que Pedro Santana Lopes terminou a entrevista que hoje concedeu a Judite de Sousa. Referia-se ao modo como aceitara receber, há quatro anos, o poder que Durão Barroso lhe deixou, sem eleições e sem legitimidade directa do eleitorado. É evidente que tem razão, embora um homem político com a sua experiência, com o conhecimento que tinha do país e do sistema político que nos governa, devesse ter percebido isso antes de tomar a decisão de que se veio mais tarde a arrepender.
Não vale a pena dissecar agora as razões dessa imprudência. Mas parece que está no carácter político de Santana atirar-se para a frente em todos os desafios políticos em que pode participar. Foi assim na Figueira e em Lisboa, onde as coisas correram bem. Santana era, ao tempo, uma estrela política em ascensão, revestida do mito da invencibilidade. Foi assim na sucessão de Barroso e correu-lhe mal. Volta a ser agora assim: o próprio reconheceu, na mesma entrevista, que não faz cálculos políticos pessoais, razão pela qual não se reservou para o futuro do partido.
Só que, desta vez, o que as pessoas, nomeadamente os militantes e votantes do partido a que pertence, estariam à espera era de ver um Santana Lopes capaz de aprender com os erros, mais maduro e que resistisse ao «vício» de ir sempre a jogo. Que não cometesse novas imprudências, em suma, e que percebesse qual e quando é o seu tempo, que não é, definitivamente, este. Santana não aceitou um novo convite vindo do além, é certo. Mas aceitou sujeitar-se a uma prova em que não devia participar. Qualquer pessoa sensata percebe que não é ainda chegada a hora de Santana pedir ao eleitorado a legitimidade que lhe faltou há quatro anos.
É caso para dizer que, afinal, «voltou a acontecer» uma decisão imprudente na vida política de Santana Lopes. E que, bem vistas as coisas, não é muito diferente daquela outra.
Não vale a pena dissecar agora as razões dessa imprudência. Mas parece que está no carácter político de Santana atirar-se para a frente em todos os desafios políticos em que pode participar. Foi assim na Figueira e em Lisboa, onde as coisas correram bem. Santana era, ao tempo, uma estrela política em ascensão, revestida do mito da invencibilidade. Foi assim na sucessão de Barroso e correu-lhe mal. Volta a ser agora assim: o próprio reconheceu, na mesma entrevista, que não faz cálculos políticos pessoais, razão pela qual não se reservou para o futuro do partido.
Só que, desta vez, o que as pessoas, nomeadamente os militantes e votantes do partido a que pertence, estariam à espera era de ver um Santana Lopes capaz de aprender com os erros, mais maduro e que resistisse ao «vício» de ir sempre a jogo. Que não cometesse novas imprudências, em suma, e que percebesse qual e quando é o seu tempo, que não é, definitivamente, este. Santana não aceitou um novo convite vindo do além, é certo. Mas aceitou sujeitar-se a uma prova em que não devia participar. Qualquer pessoa sensata percebe que não é ainda chegada a hora de Santana pedir ao eleitorado a legitimidade que lhe faltou há quatro anos.
É caso para dizer que, afinal, «voltou a acontecer» uma decisão imprudente na vida política de Santana Lopes. E que, bem vistas as coisas, não é muito diferente daquela outra.
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