05 maio 2008

batemos no fundão

O sermão de Guterres nas Donas é um exemplo acabado de lugares comuns, ainda por cima errados. Vejamos duas citações retiradas do Público de hoje:

António Guterres mostrou-se preocupado com a subida do preço dos alimentos, da energia, a desaceleração da economia mundial, "que se faz sentir sobretudo nos mais pobres" e as alterações climáticas. Tudo isto a par de conflitos "no Afeganistão, Iraque, Palestina, Sudão". "E esperemos que não no Líbano", acrescentou.
Guterres considera que "há uma série de ameaças que já se concretizaram ou estão como uma espada sobre as nossas cabeças e que nos devem levar a pensar como é possível olhar para o mundo de outra maneira". "Pela maneira como estamos, como a comunidade internacional está a olhar para o mundo, não iremos longe", defendeu.

Comentário: O catolicismo de Guterres leva-o à teoria do apocalipse. A comunidade global está ameaçada pelos quatro cavaleiros do apocalipse, a conquista, a guerra, a fome e a morte. Montado no seu cavalo branco, Guterres vê o anti-Cristo. Quem será? E mais adiante:

O alto-comissário da ONU sublinha que "o fosso entre ricos e pobres é um dos problemas mais dramáticos da globalização", recordando que foi na infância nas Donas que primeiro tomou consciência de desigualdades sociais. "As recordações da primeira infância são as que nos marcam para a vida toda e eu ainda muito pequeno pude sentir o que era a injustiça". "Eu vinha de uma família privilegiada, não éramos ricos mas vivíamos bem, e muitos dos meus amigos andavam de pé descalço, não comiam carne todos os dias nem tiveram acesso à educação. Isso marcou-me para o resto da vida", referiu.
Comentário: A globalização diminuiu de forma significativa a pobreza absoluta, aliás é por isso que o preço dos alimentos está a subir. As economias que estão a sofrer são apenas as socialistas e as que estão devastadas pela guerra. Se Guterres proferisse este discurso na China ou na Índia seria provavelmente apupado ou linchado.
Obviamente não ajuda muito trabalhar para uma das organizações mais irresponsáveis do mundo, a ONU. Palreamos os lugares comuns do grupo.

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