Rui Rio não quer ser líder do PSD? Claro que quer e toda a gente sabe disso. Só que Rui Rio quer ser mais do que líder do PSD: ele quer ser primeiro-ministro. E sabe que quem pegar agora no partido não tem as condições mínimas para ganhar a José Sócrates em 2009. Por isso, não vai a jogo, embora não lhe conviesse que fosse Menezes a liderar o partido nas próximas legislativas. E não vai ser, como já todos perceberam.
Neste momento, tudo lhe corre de feição. Menezes está fora da carroça, para o que o esforço de Aguiar Branco não terá sido despiciendo, e Manuela Ferreira Leite avança. Ela tem efectivas possibilidades de retirar a maioria absoluta a José Sócrates, o que interessa a Rio, mas não chegará para a manter por muito tempo à frente do partido, o que também lhe convém. A derrota eleitoral, mesmo que por poucos votos, a idade que se começa já a fazer sentir e, sobretudo, a sombra tutelar de Rio, a expectativa nunca concretizada de o ver na liderança, o mito de Rio (na altura, reforçado já com mais uma vitória na Câmara do Porto), a reserva de Rio e a sua resistência em assumir o que verdadeiramente quer (o que, como a Cavaco, contribui para lhe engrandecer a aura), entregar-lhe-ão o partido a tempo de destronar José Sócrates ou quem lhe suceda no Partido Socialista. Ainda por cima, com um grupo parlamentar e um pessoal dirigente que lhe não serão minimamente hostis, na composição do qual, de resto, ele participará discreta, mas activamente.
A estratégia de Rio, pensada ao milímetro ou por navegação à vista, não importa, a frieza com que consegue resistir à tentação do que seria fácil (e que fez perder Pedro Santana Lopes), fazem dele, cada vez mais, o inevitável próximo primeiro-ministro da direita. Lá para 2011, 2012 o mais tardar.
Neste momento, tudo lhe corre de feição. Menezes está fora da carroça, para o que o esforço de Aguiar Branco não terá sido despiciendo, e Manuela Ferreira Leite avança. Ela tem efectivas possibilidades de retirar a maioria absoluta a José Sócrates, o que interessa a Rio, mas não chegará para a manter por muito tempo à frente do partido, o que também lhe convém. A derrota eleitoral, mesmo que por poucos votos, a idade que se começa já a fazer sentir e, sobretudo, a sombra tutelar de Rio, a expectativa nunca concretizada de o ver na liderança, o mito de Rio (na altura, reforçado já com mais uma vitória na Câmara do Porto), a reserva de Rio e a sua resistência em assumir o que verdadeiramente quer (o que, como a Cavaco, contribui para lhe engrandecer a aura), entregar-lhe-ão o partido a tempo de destronar José Sócrates ou quem lhe suceda no Partido Socialista. Ainda por cima, com um grupo parlamentar e um pessoal dirigente que lhe não serão minimamente hostis, na composição do qual, de resto, ele participará discreta, mas activamente.
A estratégia de Rio, pensada ao milímetro ou por navegação à vista, não importa, a frieza com que consegue resistir à tentação do que seria fácil (e que fez perder Pedro Santana Lopes), fazem dele, cada vez mais, o inevitável próximo primeiro-ministro da direita. Lá para 2011, 2012 o mais tardar.
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