16 abril 2008

o património da igreja

Sobre este interessante post de Paulo Ferreira, relativo ao património da Igreja Católica em Portugal, deixaria as seguintes três notas:

1ª Que a Igreja é, na Península Ibérica, muito anterior ao Estado português, pelo que já antes de haver por aqui Estado, já ela era proprietária;

2ª Que a maior parte do património imobiliário que pertence à Igreja foi adquirido por doações particulares e pela gestão de recursos próprios, e não exactamente por doações que o Estado português lhe tenha feito;

3º Por último, e quanto a estas, pelo menos desde 1834 têm sido exactamente no sentido inverso, com apropriações absolutamente ilegítimas do património da Igreja por parte do Estado. Se atendermos apenas ao século passado, e esquecermos o que sucedeu no anterior, nomeadamente a extinção das Ordens Religiosas que se seguiu a 1834 e as expropriações dos seus bens, temos aqui uma boa síntese desses movimentos patrimoniais. Parece-me que a Igreja não recebeu nada que lhe não pertencesse e que, pelo contrário, perdeu muito do que era seu.

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