Considero lamentável o fim da revista Atlântico e julgo que o facto ultrapassa, em muito, o desaparecimento de uma revista política.
A Atlântico foi, nos últimos vinte anos, a única publicação periódica de direita conservadora e liberal, que fez um esforço para expor e debater ideias. O simples facto de uma publicação deste género não ter mercado na direita portuguesa, tem, já por si, um significado revelador da fraca qualidade da nossa direita. Ela vive, cada vez mais, de e para uma partidocracia de aparelho, uma verdadeira aparelhocracia, onde as ideias não têm lugar, não contam e são mesmo até indesejáveis. Contar votos, «cacicar» apoios e inscrever batalhões inteiros de bombeiros para votarem nas eleições concelhias e distritais, isso sim é importante para a direita portuguesa.
Mas isto não é tudo nem mesmo o mais importante. O significado principal do sucedido é que, a pouco mais de um ano de eleições, não há por aí um tostão furado para apoiar um projecto editorial de direita. O único, por sinal, existente no país. O que isto quer dizer é elementar: quem tem dinheiro não duvida, por um segundo, da vitória de José Sócrates e do Partido Socialista no ciclo eleitoral que aí vem.
O fim da Atlântico representou, por isso, o termo de um esforço louvável para criar um think tank conservador e liberal. A revista era boa, bem organizada, dispunha de um naipe de bons colaboradores, embora fosse uma revista tipicamente lisboeta. Na verdade, nunca conseguiu penetrar no mercado nortenho, principalmente no do Porto, onde devia ter investido muito mais. O mérito é, sobretudo, do Paulo Pinto Mascarenhas, a quem envio, nesta hora que certamente não lhe será fácil, as maiores felicitações pelo bom trabalho que realizou, fazendo votos de que possa ser retomado brevemente.
A Atlântico foi, nos últimos vinte anos, a única publicação periódica de direita conservadora e liberal, que fez um esforço para expor e debater ideias. O simples facto de uma publicação deste género não ter mercado na direita portuguesa, tem, já por si, um significado revelador da fraca qualidade da nossa direita. Ela vive, cada vez mais, de e para uma partidocracia de aparelho, uma verdadeira aparelhocracia, onde as ideias não têm lugar, não contam e são mesmo até indesejáveis. Contar votos, «cacicar» apoios e inscrever batalhões inteiros de bombeiros para votarem nas eleições concelhias e distritais, isso sim é importante para a direita portuguesa.
Mas isto não é tudo nem mesmo o mais importante. O significado principal do sucedido é que, a pouco mais de um ano de eleições, não há por aí um tostão furado para apoiar um projecto editorial de direita. O único, por sinal, existente no país. O que isto quer dizer é elementar: quem tem dinheiro não duvida, por um segundo, da vitória de José Sócrates e do Partido Socialista no ciclo eleitoral que aí vem.
O fim da Atlântico representou, por isso, o termo de um esforço louvável para criar um think tank conservador e liberal. A revista era boa, bem organizada, dispunha de um naipe de bons colaboradores, embora fosse uma revista tipicamente lisboeta. Na verdade, nunca conseguiu penetrar no mercado nortenho, principalmente no do Porto, onde devia ter investido muito mais. O mérito é, sobretudo, do Paulo Pinto Mascarenhas, a quem envio, nesta hora que certamente não lhe será fácil, as maiores felicitações pelo bom trabalho que realizou, fazendo votos de que possa ser retomado brevemente.
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