15 abril 2008

covil de heréticos



Despite the Reformation and the French Revolution being largely directed against the authority of the Church, Portugal remained in its popular culture predominantly a Catholic country, Portuguese anti-Catholicism being essentially a sentiment and an attitude of intellectuals.

Where did Portuguese intellectuals get such sentiment and attitude and who were the agents of such transformation? Gilberto Freyre suggests one possible answer:

"De tal modo se empenharam os cristãos-novos em alastrar de seus filhos doutores e bacharéis as cátedras e a magistratura que a Mesa de Consciência e Ordem, em fins do século XVII, decidiu limitar o bacharelismo em Portugal, sugerindo ao rei restringir para dois o número de filhos que pudesse enviar para a Universidade de Coimbra uma pessoa nobre, a um, o pai mecânico, e fazendo depender de licença de Sua Majestade a inscrição de cristãos-novos. Porque 'ainda desta maneira sobrepujarão letrados neste reino'. Formavam os cristãos-novos a maioria dos lentes das escolas superiores - um deles o famoso doutor António Homem; salientavam-se entre os advogados, magistrados e médicos. Coimbra chegou a tornar-se 'covil de heréticos', na frase de João Lúcio de Azevedo, tal o número de judeus dentro das batinas de estudantes ou das becas de professores."
(Casa Grande e Senzala, op. cit., p. 227)

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