Avaliar os pais é o passo lógico a adoptar depois da avaliação dos professores. O próximo Governo irá confrontar-se com um problema muito claro (como os políticos adoram afirmar) que vai resultar da análise aos resultados da avaliação dos professores. Quando os meninos chegam à escola já vêm embrutecidos por vários anos de deseducação parental, numa fase tão sensível da vida que se torna depois difícil de recuperar.
Ora como os pais são os primeiros educadores, que sentido faria travar a avaliação do processo educativo à porta das escolas? É lógico que se vá às raízes do problema. Num assunto de tanta importância estratégica para o País, é necessário um esforço colectivo para vencermos a batalha da educação. Penso que será mais ou menos nestes moldes que o problema virá a ser apresentado pelo próximo Governo, seja ele rosa ou laranja com tons de azul.
Quanto tempo é que os pais dedicam aos filhos, horas de leitura, tempo dedicado à televisão, interesse por desportos, actividades culturais, hábitos de higiene, disciplina, castigos físicos, separação dos lixos, poupança de energia, recurso aos transportes públicos, eu sei lá… Há todo um mundo de actividades que é necessário escrutinar para garantir que quando as criancinhas chegam às escolas ainda vão a tempo de serem salvas.
Deste modo será criado o homem novo. Interessado na polis, com uma visão para o Portugal do futuro, generoso, determinado e poliglota. Verdadeiro material de que se fazem os líderes políticos. Em vez dos bullies mentirosos que actualmente chegam às escolas numa fase já irrecuperável. Vem aí o Nanny State, a avaliação dos professores é só o começo.
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