23 fevereiro 2008

fibromialgia

O diagnóstico está feito, segundo a SEDES Portugal sofre de fibromialgia. Eu sei que não é isto que é claramente afirmado no documento-tomada de posição da SEDES, mas os elementos da história permitem, com alguma segurança, estabelecer o diagnóstico.
Para chegar a esta conclusão elenquei as palavras-chave que de modo encriptado traduziam a patologia presente. Ora os sintomas são:
“Um mal-estar difuso (...sente-se um mal-estar difuso), degradação da qualidade de vida, suspeição e perda de confiança, sensação asfixiante, como um cancro que corrói, ímpetos agressivos e bloqueamento”. O mal-estar difuso, o bloqueamento e a perda da qualidade de vida, em conjunto, são quase patognomónicos da fibromialgia. Os restantes sintomas poderiam, contudo, levantar suspeitas sobre a presença de patologias associadas, em particular do foro psiquiátrico.
A suspeição e a perda de confiança sugerem uma psicose paranóica, mas o colorido dos sintomas, em particular o uso de expressões como: “um cancro que corrói", ou "sensação asfixiante (bola histérica?)” indicam apenas uma reacção excessiva que pode perfeitamente ocorrer quando nos consciencializamos que sofremos de uma patologia grave, sem causas específicas e sem cura.
Se o meu diagnóstico estiver correcto, obviamente que a recomendação da SEDES relativa à “abertura de canais”, não se aplicará. Apesar da abertura de canais não ser da minha especialidade médica, penso que a fibromialgia dificulta e não recomenda esta solução, pelo menos para a maior parte das tomadas de posição. Até porque, como costumo dizer, para pior já basta assim!

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