Anda por aí um animado debate sobre a crise do Norte e do Porto, como se a coisa fosse recente, tendo mesmo chegado a realizar-se, há uns dias, um alargado debate sobre as suas causas e origens.
Certamente que não será possível encontrar uma explicação única para um problema tão complexo, sendo que a falta de poder de decisão local - que uma verdadeira regionalização política teria permitido -, impediu que se fixassem e gerissem localmente recursos, em vez de os deslocalizar para o Estado central, como sucede.
A centralização é, porém, a matriz fundacional da nossa contemporaniedade política, pelo que não é de estranhar que ela se tenha acentuado numa república instituída por uma Constituição socialista.
Mas há, todavia, um facto importante que, nos últimos anos, tem agravado a situação: a ausência quase total de protagonismo político do Presidente da Câmara Municipal do Porto, o Dr. Rui Rio, uma absoluta vacuidade política.
Efectivamente, num país centralizado e sem instituições políticas locais, a única instituição com poder no Porto é a Câmara Municipal, em particular, a sua Presidência. Ela era, desde o 25 de Abril, o centro de afirmação do poder do Norte e de demarcação política perante Lisboa, o mesmo é dizer, o Estado central. O Dr. Rui Rio, convencido que essa tensão era sinónimo de provincianismo e de bairrismo serôdio, resolveu acabar com ela. Disse-o, aliás, publicamente, assim chegou ao poder.
Se hoje o Porto e o Norte não têm qualquer protagonismo político no país e, em razão disso, vêem cada vez mais recursos a serem-lhe sugados pelo centralismo, em boa medida isso lhe é devido.
Certamente que não será possível encontrar uma explicação única para um problema tão complexo, sendo que a falta de poder de decisão local - que uma verdadeira regionalização política teria permitido -, impediu que se fixassem e gerissem localmente recursos, em vez de os deslocalizar para o Estado central, como sucede.
A centralização é, porém, a matriz fundacional da nossa contemporaniedade política, pelo que não é de estranhar que ela se tenha acentuado numa república instituída por uma Constituição socialista.
Mas há, todavia, um facto importante que, nos últimos anos, tem agravado a situação: a ausência quase total de protagonismo político do Presidente da Câmara Municipal do Porto, o Dr. Rui Rio, uma absoluta vacuidade política.
Efectivamente, num país centralizado e sem instituições políticas locais, a única instituição com poder no Porto é a Câmara Municipal, em particular, a sua Presidência. Ela era, desde o 25 de Abril, o centro de afirmação do poder do Norte e de demarcação política perante Lisboa, o mesmo é dizer, o Estado central. O Dr. Rui Rio, convencido que essa tensão era sinónimo de provincianismo e de bairrismo serôdio, resolveu acabar com ela. Disse-o, aliás, publicamente, assim chegou ao poder.
Se hoje o Porto e o Norte não têm qualquer protagonismo político no país e, em razão disso, vêem cada vez mais recursos a serem-lhe sugados pelo centralismo, em boa medida isso lhe é devido.
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