E o que é que, durante estes dois anos e meio de afastamento do poder, ofereceu a direita ao país? Que ideias, que propostas, que medidas, que estratégias, enfim, que programa alternativo ao do governo socialista apresentaram o PSD e o CDS?
Desde logo, estranhamente, desde que perderam as eleições, os dois antigos partidos de governo parecem ter deixado de falar. Aparentemente zangaram-se, ou terão ficado aliviados com a separação prematura. Mas, o que seria natural era que, de tempos a tempos, demonstrassem ao país que não tinham ido em vão coligados para o governo, apenas para ocuparem o seu pessoal. Não o fizeram.
Como não fizeram mais nada: não apresentaram ideias, nem propostas, nem uma estratégia de conquista do poder, nem foram capazes de constituir um humilde think-tank que as pensasse. Muito menos elaboraram um programa de governo para Portugal, que se diferenciasse do que o Partido Socialista está a executar.
Quanto às pessoas, o movimento foi de exclusão, em vez de inclusão. Ao invés de se darem ao respeito perante os eleitores, os dirigentes dos dois partidos têm vindo a dar um triste espectáculo de ódios e questiúnculas pessoais, por causa de um poder que já não têm e se arriscam a não voltar, tão cedo, a ter.
Nos últimos dois anos e meio, a célebre «refundação da direita», que finalmente a prepararia para governar Portugal, foi isto.
Neste momento, faltam dois anos para as eleições legislativas. O CDS está entregue a Paulo Portas, nas condições que este quis, nos prazos que impôs, com objectivos que muito claramente enunciou. No PSD está Menezes, eleito com as regras que Marques Mendes criou, com os prazos, condições e as regras eleitorais que o antigo líder fixou, com a gente que quer e com uma oposição interna, as célebres «elites», que não tem legitimidade para abrir a boca até aos próximos actos eleitorais. Não há, por isso, nos próximos dois anos, motivos para desculpas: ou os dois partidos da direita se entendem e se configuram como uma alternativa séria ao poder do PS, ainda que isso não lhes dê a vitória imediata nas eleições (Barroso também não a teve da primeira vez), ou mais vale a direita mudar de partidos por daqui a dois anos.
Desde logo, estranhamente, desde que perderam as eleições, os dois antigos partidos de governo parecem ter deixado de falar. Aparentemente zangaram-se, ou terão ficado aliviados com a separação prematura. Mas, o que seria natural era que, de tempos a tempos, demonstrassem ao país que não tinham ido em vão coligados para o governo, apenas para ocuparem o seu pessoal. Não o fizeram.
Como não fizeram mais nada: não apresentaram ideias, nem propostas, nem uma estratégia de conquista do poder, nem foram capazes de constituir um humilde think-tank que as pensasse. Muito menos elaboraram um programa de governo para Portugal, que se diferenciasse do que o Partido Socialista está a executar.
Quanto às pessoas, o movimento foi de exclusão, em vez de inclusão. Ao invés de se darem ao respeito perante os eleitores, os dirigentes dos dois partidos têm vindo a dar um triste espectáculo de ódios e questiúnculas pessoais, por causa de um poder que já não têm e se arriscam a não voltar, tão cedo, a ter.
Nos últimos dois anos e meio, a célebre «refundação da direita», que finalmente a prepararia para governar Portugal, foi isto.
Neste momento, faltam dois anos para as eleições legislativas. O CDS está entregue a Paulo Portas, nas condições que este quis, nos prazos que impôs, com objectivos que muito claramente enunciou. No PSD está Menezes, eleito com as regras que Marques Mendes criou, com os prazos, condições e as regras eleitorais que o antigo líder fixou, com a gente que quer e com uma oposição interna, as célebres «elites», que não tem legitimidade para abrir a boca até aos próximos actos eleitorais. Não há, por isso, nos próximos dois anos, motivos para desculpas: ou os dois partidos da direita se entendem e se configuram como uma alternativa séria ao poder do PS, ainda que isso não lhes dê a vitória imediata nas eleições (Barroso também não a teve da primeira vez), ou mais vale a direita mudar de partidos por daqui a dois anos.
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