Provavelmente, um dos aspectos que mais me chocou na minha experiência de vida num país protestante, foi a falta de cavalheirismo dos homens. Se um polícia bater à porta de casa, e fôr atendido pelo marido, a dizer que o carro está mal estacionado e vai ser multado, ele responde que o carro é da mulher, chama-a para lidar com o polícia, e retira-se como se não fosse nada com ele. Num país católico como Portugal, pelo contrário, mesmo que o carro seja da mulher, o homem assume que o carro é seu e lida ele com o polícia.
Em todas as culturas que properaram, os homens protegem as mulheres. Sabendo que as mulheres são muito mais importantes para cuidar dos filhos do que os homens, esta é uma atitude perfeitamente racional. Entre as mulheres e o perigo, os homens metem-se pelo meio, cientes de que essa é a forma mais eficaz de protegerem a sua própria descendência. E se isto é assim em todas as culturas, a cultura católica leva este sentimento ao extremo. Neste aspecto, como em muitos outros, eu sinto-me orgulhoso de pertencer a esta cultura - muito mais do que me sentiria de pertencer à cultura protestante.
Este cavalheirismo que é típico da cultura católica não se esgota na protecção que os homens concedem às mulheres, mas envolve muitos outros aspectos, como o de que um homem, por princípio, não provoca uma mulher. Um homem, se tiver de provocar alguém, provoca outro homem - jamais uma mulher. Por isso, eu fico surpreendido - na realidade, desconcertado - que o JCD, na caixa de comentários ao meu post anterior, tenha vindo para aqui provocar a zazie.
Eu gostaria de dizer ao JCD que se prepare para a maior tareia da sua vida - e pode trazer o bando lá do Blasfémias. Eu julgo que darei conta do recado sozinho. Mas, para o caso de não ser capaz, desta vez eu vou mesmo apelar: Oh Euroliberal, você está por aí?
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