28 setembro 2007

Académica


Eu tenho mantido aqui uma divergência com o rui a. acerca dos males da sociedade portuguesa. Nós estamos razoavelmente de acordo que o mal principal está centrado no sector público e nas instituições do Estado. Divergimos, porém, quanto à origem desse mal. Ele afirma que é o resultado de uma tradição de escassez de liberdade. Eu, pelo contrário, digo que é o resultado de uma tradição de excesso de liberdade.

Antes de prosseguir, e para que a discussão possa ser frutuosa, eu achei por bem assentarmos sobre aquilo de que estamos a falar, e elaborei uma série de posts contendo informação estatística que visa situar Portugal no mundo - e esta série terá continuação em posts futuros.

O ponto essencial que eu pretendia assentar é o de que Portugal não é nada aquele país horrível, subdesenvolvido, atávico e pobre, que os nossos intelectuais e aspirantes a políticos tanto gostam de apresentar. Pelo contrário, é um dos países mais desenvolvidos do mundo, aproximadamente trigésimo, entre 200 países que existem no mundo. É um país da primeira liga, embora - para usar uma analogia futebolística -, não o F. C. Porto, o Sporting ou o Benfica, mas assim uma espécie de Académica ou Paços de Ferreira.

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