12 agosto 2007

Será que não podemos fazer nada?




O regresso de férias está a ser para milhares de portugueses, em especial os que usam o Aeroporto Sá Carneiro, uma experiência aterradora, os abusos da TAP são conhecidos mas desde há algum tempo acrescentaram-se os conflitos entre a TAP e a Groundforce.

E como se isso não bastasse, parece haver conflitos também dentro da Groundforce, com o Governo a ver com maus olhos a participação maioritária da Globalia, em particular depois da criação do Terminal 2, na Portela.
Compreende-se assim que aos tradicionais atrasos se juntem agora as cada vez mais comuns perdas de bagagem.

Na madrugada de hoje fui uma das vítimas. Parti, no dia 4, para Zurique em voo da Lufthansa via Frankfurt: tudo bem e a horas, tanto à partida como na ligação feita pela Swiss.
O mesmo não posso dizer no regresso com a TAP marcado para dia 11 de Agosto. Já em Zurique, o voo TAP 927, inicialmente marcado para as 19h,40, acabou por sair com quase 30 minutos de atraso. Mas o pior viria depois, o voo Lisboa-Porto, inicialmente marcado para 22 horas, foi sendo sucessivamente cancelado/adiado, acabando por partir depois da meia-noite, já no dia 12 portanto. Como parece ser costume a TAP só parte quando tem os aviões cheios e como este era um Airbus 321 demorou mais tempo.


Depois de aterrar, dezenas de passageiros foram surpreendidos com a não chegada das suas malas. Isto, ao mesmo tempo que - na plataforma completamente cheia - giravam várias dezenas de malas que ninguém retirava. Malas com certeza dadas como perdidas em voos anteriores. Os prejuízos para as pessoas, bens e sectores de actividade não parecem preocupar nem a TAP nem a Groundforce. Ou será que preocupam?

Já perto das duas da manhã seguem-se as consequentes filas de reclamações no escritório destinado a atender “Irregularidades de Bagagem”.

É o País que temos … será que não podemos fazer nada?

Entretanto, com a anunciada greve de handling nos aeroportos – que pelos vistos se estenderá até final de Agosto - tudo tenderá a piorar ainda mais.
Cerca de quinze dias antes de ir para a Suíça, vendo que o candeeiro de iluminação pública junto da minha casa estava sem luz há mais de três semanas, liguei para a EDP no sentido de operarem a substituição da lâmpada, foi-me dito que demoraria à volta de quinze dias, quase um mês depois continua a não haver sinal de luz.

Assim sendo, será que haverá razões para acreditar em luz ao fundo do túnel? Será que estes dois casos são "regra" ou tão-só duas desagradáveis excepções?

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