A Drª Paula Teixeira da Cruz considerou o Dr. Luís Filipe Menezes, passo a citar, «um herdeiro do populismo que nos últimos anos assolou alguns militantes do PSD.» Eu não tenho nenhuma procuração para defender o Dr. Menezes, já que praticamente nem o conheço, nem ele necessitaria dos meus pobres préstimos. Mas confesso que me irrita esta mania de rotular alguns políticos populares, e invariavelmente bem sucedidos no que fazem, com o epíteto de «populistas». No caso de Menezes, parecia-me mais sensato lembrar que tem sido um excelente autarca, que foi secretário de Estado de Cavaco, que exerceu altos cargos no PSD sem que alguma vez se lhe tivessem sido feitas, pelo menos publicamente, críticas acintosas.
De resto, e quanto ao soit disant «populismo», eu não consigo estabelecer, com grande rigor, a fronteira entre o que é «popular» e o que é «populista» em política. Duvido mesmo que essa fronteira exista. Se a ideia é a de que os «populistas» são vendedores de sonhos para conquistarem votos aos eleitores, uma espécie de feirantes dedicados à política capazes de toda a sorte de falsas promessas em tempo de eleições, não conheço político no activo, com funções de soberania, que o não tenha feito para lá chegar.
Aliás, a haver alguma tradição no PSD, ela será precisamente a do «populismo», estilo de que Francisco Sá Carneiro foi reiteradamente acusado pelos seus adversários. Ora por só saber «dizer mal» do governo, do Presidente e dos próprios correligionários, ora por ser um bom chefe da oposição mas um «governante incapaz», ora por ser um homem «quezilento», etc. É de lembrar, aliás, que o primeiro nome do partido foi exactamente o de «Partido Popular Democrático». Do qual se dizia, lá para os idos de 1974, 75, que era um partido sem ideologia e sem convicções, que não pertencia nem à Internacional Socialista, nem à Democracia Cristã, em suma, um partido populista. Para que conste. E para que sirva à Drª Teixeira da Cruz para situar com mais rigor a tradição do partido de que tem sido dirigente.
De resto, e quanto ao soit disant «populismo», eu não consigo estabelecer, com grande rigor, a fronteira entre o que é «popular» e o que é «populista» em política. Duvido mesmo que essa fronteira exista. Se a ideia é a de que os «populistas» são vendedores de sonhos para conquistarem votos aos eleitores, uma espécie de feirantes dedicados à política capazes de toda a sorte de falsas promessas em tempo de eleições, não conheço político no activo, com funções de soberania, que o não tenha feito para lá chegar.
Aliás, a haver alguma tradição no PSD, ela será precisamente a do «populismo», estilo de que Francisco Sá Carneiro foi reiteradamente acusado pelos seus adversários. Ora por só saber «dizer mal» do governo, do Presidente e dos próprios correligionários, ora por ser um bom chefe da oposição mas um «governante incapaz», ora por ser um homem «quezilento», etc. É de lembrar, aliás, que o primeiro nome do partido foi exactamente o de «Partido Popular Democrático». Do qual se dizia, lá para os idos de 1974, 75, que era um partido sem ideologia e sem convicções, que não pertencia nem à Internacional Socialista, nem à Democracia Cristã, em suma, um partido populista. Para que conste. E para que sirva à Drª Teixeira da Cruz para situar com mais rigor a tradição do partido de que tem sido dirigente.
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