Uma das coisas que desacredita a democracia é a sensação que todos temos, que existe um antes e um depois do acto eleitoral. Isto é, os cidadãos começaram a habituar-se à ideia de que as promessas dos candidatos a cargos públicos não são credíveis e que, por isso, é sempre uma incógnita saber o que lhe vão fazer do voto. A culpa é obviamente dos políticos, que na ânsia de conseguirem resultados eleitorais favoráveis assumem compromissos que sabem jamais poder cumprir, ou, na melhor hipótese, não assumem compromisso algum para poderem fazer, depois, o que lhes der mais jeito.
No primeiro caso – de promessas incumpridas e completamente defraudadas – estão Barroso e Sócrates. No segundo, inequivocamente, António Costa. Neste último caso, por mais recente, não teria sido pior que o candidato do PS tivesse dito claramente em campanha que admitia a possibilidade com uma coligação pós-eleitoral à sua esquerda. Provavelmente não lhe teriam fugido muitos votos, se calhar poderia ter mesmo ganho alguns, e esta solução com o BE tornar-se-ia mais natural.
De qualquer modo, que não haja ilusões: se a democracia está desacreditada, pelo que se depreende das elevadas percentagens da abstenção, a responsabilidade é que quem dela faz uso. E abuso, já agora.
No primeiro caso – de promessas incumpridas e completamente defraudadas – estão Barroso e Sócrates. No segundo, inequivocamente, António Costa. Neste último caso, por mais recente, não teria sido pior que o candidato do PS tivesse dito claramente em campanha que admitia a possibilidade com uma coligação pós-eleitoral à sua esquerda. Provavelmente não lhe teriam fugido muitos votos, se calhar poderia ter mesmo ganho alguns, e esta solução com o BE tornar-se-ia mais natural.
De qualquer modo, que não haja ilusões: se a democracia está desacreditada, pelo que se depreende das elevadas percentagens da abstenção, a responsabilidade é que quem dela faz uso. E abuso, já agora.
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