O António Costa Amaral (AA) do blogue A Arte da Fuga publicou ontem um post sob o título Dupla Precaução. Neste post, ele cita Nathaniel Branden que admite a matriz judaica do movimento do Objectivismo - uma versão do liberalismo moderno -, de que Ayn Rand foi a líder incontestada, e algumas das consequências daí decorrentes.
Ayn Rand era judia e Nathaniel Branden também é. Branden, que manteve uma relação amorosa com Rand, foi durante muito tempo designado por ela como o seu herdeiro intelectual. Após o termo da relação, Ayn Rand expulsou-o do movimento e desqualificou-o da herança intelectual (Branden era cerca de 25 anos mais novo que Rand).
O post do AA evoca o meu post com o mesmo título que publiquei no Blasfémias em Abril, e que ditou a minha saída, sob acusações acerca do meu radical anti-semitismo por parte de alguns colegas de blogue e de um bom número de comentadores e outros bloggers. Não resisti.
Este fim-de-semana, voltei a estar sob acusações ainda mais violentas de anti-semitismo, em virtude dos meus posts sobre o Museu Judaico de Berlim. Por isso, foi reconfortante que o AA tivesse trazido a público evidência que, em relação àquele dossier mais antigo, parece indicar que eu tinha razão. Sempre vou dormir mais descansado depois de uma hora tão stressante que passei a ler os posts, e os comentários, que sobre mim foram escritos durante o fim-de-semana. Mas não, sem antes jurar a garantia suprema do meu liberalismo: eu nunca comandei um ataque de cavalaria; eu nunca induzi um político em qualquer nova loucura; eu nunca persegui um padre; e eu nunca persegui um judeu.
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