Quando, recentemente, visitei o Museu Judeu em Berlim, eu julgo ter experimentado todos os sentimentos que o edifício está concebido para suscitar - um sentimento de desorientação e perda, uma emoção de impotência e terror, uma sensação de perseguição e gueto.
O Museu anuncia-se como retratando os dois mil anos de história dos judeus na Alemanha. Porém, ao percorrê-lo, o período que sobressai dessa história, a grande distância de todos os outros, é o período do holocausto.
Por isso, ao saír do Museu, e ao voltar de novo a ver a luz do sol que nessa manhã brilhava no centro de Berlim, o sentimento que prevaleceu em mim não foi nenhum dos anteriores, mas um sentimento de profunda irritação.
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