O Dr. António Pires de Lima é, no momento presente, o único protagonista político que pode dar alguma credibilidade ao futuro próximo do CDS.Prestou, quanto baste, a solidariedade política ao Dr. Paulo Portas no seu desejado regresso à liderança. Não lhe falhou, portanto, nesse importante momento, e contribuiu decisivamente para Portas alcançar o que desejava.
Assim que o obteve, Pires de Lima afastou-se da política e regressou à sua bem sucedida vida profissional. Não sem ter advertido que um dia poderia aceitar o desafio de liderar o CDS. Demonstrou que não carece da política para viver e que é bem capaz de construir sem ela uma carreira bem sucedida.
Tem mantido alguma intervenção pública inteligente na comunicação social, na televisão, na rádio e na imprensa.
Acompanhou e patrocinou algumas iniciativas importantes, como o «Compromisso Portugal», reveladoras de alguma iniciativa na sociedade civil não alinhada com o PS.
Tem defendido algumas ideias interessantes, próximas do liberalismo económico, que podem configurar uma razoável renovação programática da agenda do CDS, muitas delas bem patentes na Revista Atlântico, um dos poucos lugares onde, também com a sua colaboração, se pensou, à direita (não forçosamente a direita do CDS, note-se), nos últimos dois anos.
É novo, tem tempo, não se expõe em demasia e tem sabido gerir bem a sua imagem.
Por tudo isto, dificilmente o futuro do CDS deixará de passar por ele.
3 comentários:
Louvo o Rui Albuquerque pela sua persistência. Mas francamente...o Pires de Lima??
O PP ou parte ou racha. Está próximo do fim e ou se alia numa "frente popular" com PSDs desalinhados, ou morre. Não é com Pires de Limas que vamos lá caro Rui. É mais do mesmo. O que é preciso é alianças substantivas num projecto sólido.
Ao contrário do que pensa, esta derrota pode ter sido o clique necessário.
O nosso partido não pode morrer. Ou é inteligente e faz alianças, ou vai morrer definitivamente.
Bem haja Rui.
PS: sobre a "intervenção pública inteligente na c.s., na tv, na rádio e na imprensa" por parte do PDLima, resta-me lembrar-lhe o CN de Óbidos.
Czro Filipe Abrantes,
Nestes textos sobre o CDS tenho tentado ser absolutamente factual. Isto é, não me pronunciar pessoalmente sobre o que por lá se passa que, de resto, não me interessa por aí além, senão como objecto de estudo da direita portuguesa. Nessa medida, o que aqui escrevi sobre o APL não tem nada de pessoal e, embora compreenda as suas objecções, parece-me que será inevitável o que aqui escrevi. O futuro o dirá e cá estaremos os dois para o testemunhar.
Cumprimentos,
Lamento ter de discordar, mas parece-me mais razoável o ponto de vista de filipe abrantes.
Enviar um comentário