23 abril 2007

boris


Boris Yeltsin morreu hoje sem ver implantada a democracia na Rússia. Duvido mesmo que ele tivesse por esse sistema, que o seu país nunca conheceu, um amor especial. Nascera num país fascista, onde a liberdade era o primeiro inimigo do Estado, e cresceu sob a sombra de Estaline e o ferrete histórico de Lenine. Companhias pouco recomendáveis, como se pode ver. Acabou por fazer carreira no PCUS e, rezam as más-linguas, terá sido muito próximo do KGB. Nada levaria a crer, por isso, que lhe devêssemos, hoje, o fim da URSS e uma das maiores provas de coragem em defesa da liberdade de que há memória. No golpe de Agosto de 1991, Yeltsin enfrentou os tanques do Império com a sua pessoa física e derrubou a tirania. As imagens são fortes e perduram ainda hoje. Dificilmente encontraremos um ícone que homenageie melhor a liberdade. Até sempre, camarada!

5 comentários:

JSC disse...

De facto as origens do fascismo estão emmovimentos de esquerda. Veja-s eo caso do Nacional Socialismo. Mas dizer que a URSS era um estado fascista prece-me demais, não acha?
Talvez um truísmo!
J.

Anónimo disse...

O contexto da utilização, aqui, da palavra não é exactamente técnico. O fascismo italiano nasceu, de facto, no socialismo, e o alemão era, em muitos aspectos, uma ideologia socialista. A generalização do termo é que convida a utilizá-lo. Só isso.

rui a.

abrilistasanonimos disse...

Esqueceu-se de dizer que, em Democracia , não se bombardeia o Parlamento, numa qualquer fase de delírio etílico.
Ele fê-lo. Matando com esse "simples" gesto todas as búbias qualidades que tanto lhe enaltece.

abrilistasanonimos disse...

Perdão, dúbias e não búbias.
Peço desculpa

JSC disse...

"Búbias" - pareceu-me original!
:)
J.