António de Oliveira Salazar pode ter sido um bom economista, ter evitado a nossa entrada na 2ª guerra mundial, equilibrado as finanças públicas, e recusado a barbárie intolerável dos fascismos, deixando-se ficar por uma hipócrita autocracia ditatorial à portuguesa. Admito, mesmo, que se tem vivido noutro século da nossa História, talvez pairasse sobre ele um consenso universal, como sucede com Pombal e com muitos outros tiranetes que pululam pelos nossos embasbacados compêndios.
Sucede, porém, que António de Oliveira Salazar viveu e governou do século XX, e o país que nos deixou, ao fim de quarenta longos anos de poder pessoal absoluto, revelam-no como uma figura histórica menor, que não soube sair a tempo, nem encontrar soluções que viabilizassem, após o seu imenso reinado, o país.
Visitei, há pouco tempo, Moçambique pela primeira vez. Duvido que alguém que já o tenha feito depois do 25 de Abril possa ter grande respeito histórico por Salazar. Na verdade, foi ele o grande culpado da desgraça que sucedeu àquelas gentes e àqueles territórios, ao limitar-se a fazer o que, aparentemente mais difícil, era, no fim de contas, mais fácil: combater pelas armas o que era, apenas e só, uma questão política que não soube resolver nos quarenta anos de poder pessoal de que dispôs.
Salazar não foi capaz de ler as lições do seu tempo, nem de interpretar devidamente a evolução do mundo em que viveu. Foi teimoso e persistente no erro. Não quis ouvir ninguém para além de si mesmo.
A História tratou de lhe negar razão, a ele que nem sequer cuidou, ao contrário de Franco, de encontrar um sistema que permitisse que o país sobrevivesse à sua morte. Não temos, por isso, grandes razões para lhe estarmos gratos.
Sucede, porém, que António de Oliveira Salazar viveu e governou do século XX, e o país que nos deixou, ao fim de quarenta longos anos de poder pessoal absoluto, revelam-no como uma figura histórica menor, que não soube sair a tempo, nem encontrar soluções que viabilizassem, após o seu imenso reinado, o país.
Visitei, há pouco tempo, Moçambique pela primeira vez. Duvido que alguém que já o tenha feito depois do 25 de Abril possa ter grande respeito histórico por Salazar. Na verdade, foi ele o grande culpado da desgraça que sucedeu àquelas gentes e àqueles territórios, ao limitar-se a fazer o que, aparentemente mais difícil, era, no fim de contas, mais fácil: combater pelas armas o que era, apenas e só, uma questão política que não soube resolver nos quarenta anos de poder pessoal de que dispôs.
Salazar não foi capaz de ler as lições do seu tempo, nem de interpretar devidamente a evolução do mundo em que viveu. Foi teimoso e persistente no erro. Não quis ouvir ninguém para além de si mesmo.
A História tratou de lhe negar razão, a ele que nem sequer cuidou, ao contrário de Franco, de encontrar um sistema que permitisse que o país sobrevivesse à sua morte. Não temos, por isso, grandes razões para lhe estarmos gratos.
1 comentário:
Esta reunião dos chamados resistentes anti-fascistas em Santa Comba Dão, querendo impor às gentes locais os seus pensamentos, é uma nova forma de ditadura. Onde está a liberdade de pensamento que é um dos pilares da democracia ? Será que, 32 anos depois do PREC, não estamos a assistitir a uma tentativa de reabilitar resquícios desse tempo ditatorial ? As gentes de Santa Comba Dão têm o legítimo direito de direccionar os destinos da sua autarquia. Essa é uma das virtualidades do poder local, assente no espírito do 25 de Abril. Sonegar isso é renegar a democracia.
Sou a favor da criação do Museu alusivo ao Prof. Oliveira Salazar para todos conhecermos a história exacta da 2ª República que certos pseudo-democratas querem, à viva força, encobrir. A História não se pode apagar. O problema, para esses, é que o redescobrir da história desse período é o mostrar da grande dimensão de estadista que foi Salazar. E isso é que os incomoda. Os denominados "resistentes antifascistas" não passam dum grupelho social-fascista, comunista e acólitos de extrema-esquerda. Vivemos em Democracia, não vivemos no PREC de 1975.
A única coisa que interessa aos grandes arautos da "Democracia" e da "Luta Antifascista" é manterem-se no poder ad aeternum, contra ventos e marés, para poderem lucrar à custa do Povo que esmagam. E nem sequer permitem qualquer oposição ideológica: para os que lhes fazem frente em nome da Integridade da Pátria não têm qualquer pejo em prescrever censura e até prisão, ferreteando-os de «fascistas !!!!!!!».
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