Muitos dos comentários feitos a este meu «post» sobre as minhas opções de voto no referendo do próximo dia 11, vão no sentido de acharem impossível que eu consiga votar nas eleições portuguesas (legislativas, autárquicas e presidenciais), presumindo-se que por óbvia falta de informação sobre o que, de facto, uma vez eleitos, os políticos farão com o meu (nosso) voto (s).
O argumento diminui mais a democracia portuguesa, do que exactamente as minhas escolhas eleitorais. De facto, as pessoas habituaram-se a comer «gato por lebre», e já acham natural que os políticos não cumpram minimamente o que lhes prometeram. Os exemplos não faltam, desde o célebre «choque fiscal» de Durão Barroso, ao mais recente «read my lips» do Engº Sócrates.
Ao nível a que chegou a nossa «democracia representativa», o voto passou a ser mais um exercício de castigo político para afastar quem governa por governar mal, do que uma escolha de um projecto alternativo. Pelo menos, por enquanto, podemos usar o nosso voto para destituirmos pacificamente os nossos governantes. É aquilo aque chamo «o valor negativo da democracia». É mau, mas podia ser bem pior. Só é pena que as pessoas se conformem apenas com isso.
O argumento diminui mais a democracia portuguesa, do que exactamente as minhas escolhas eleitorais. De facto, as pessoas habituaram-se a comer «gato por lebre», e já acham natural que os políticos não cumpram minimamente o que lhes prometeram. Os exemplos não faltam, desde o célebre «choque fiscal» de Durão Barroso, ao mais recente «read my lips» do Engº Sócrates.
Ao nível a que chegou a nossa «democracia representativa», o voto passou a ser mais um exercício de castigo político para afastar quem governa por governar mal, do que uma escolha de um projecto alternativo. Pelo menos, por enquanto, podemos usar o nosso voto para destituirmos pacificamente os nossos governantes. É aquilo aque chamo «o valor negativo da democracia». É mau, mas podia ser bem pior. Só é pena que as pessoas se conformem apenas com isso.
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