Um cavalheiro empertigado chamado João Paulo Malta acabou de adiantar no «Prós e Contras» que a solução para o aborto é criar condições para que todas as mulheres sem meios possam tê-los e, consequentemente, escolham «livremente» a maternidade. Como referiu repetidamente, a falta de casa própria, emprego e dinheiro levam-nas, muitas vezes, a optar pela solução da interrupção da gravidez. Como certamente o Dr. Malta não se proporá a facultar os seus aposentos para receber meninas e senhoras naquelas condições, e como não é possível imaginar em Portugal uma sociedade de prosperidade e abundância que erradique em absoluto ou em parte substancial a pobreza, deveria estar a pensar na criação de um subsídio de apoio à família a expensas do Estado, ou seja, dos contribuintes portugueses. Resta esclarecer como se evitaria a universalidade da benesse, transformando-a numa espécie de rendimento mínimo de nascimento garantido, já que, em tese, todas as mães poderiam alegar motivos para o requererem, ou seja, para não abortarem.
No outro lado da «barricada» a Drª Edite Estrela, insistindo na absurda proposta do PS de pôr o Serviço Nacional de Saúde à disposição de quem quiser abortar, não percebe uma coisa: o aborto é uma escolha individual da mãe; fora das circunstâncias limite previstas na lei em vigor, não é uma necessidade de saúde mental ou física. Uma gravidez em condições normais não é uma doença, pelo que não se compreende porque motivo há-de ser "tratada" pelos serviços de saúde pública. Abortar é uma decisão que deve ser assumida por quem a pratica, com todos os custos (psicológicos e materiais) inerentes, por mais ingratos que sejam, como acontece com muitas outras dificuldades da vida das pessoas. Em suma, o Estado português não tem que ser o protector das mães que abortam.
Curiosamente, até agora neste debate, de um lado e do outro, todos pedem ao Estado para resolver o problema. E enquanto ele continuar a ser «resolvido» por socialistas, em vez de o ser livremente pelos indivíduos, não conseguirá encontrar uma solução digna.
No outro lado da «barricada» a Drª Edite Estrela, insistindo na absurda proposta do PS de pôr o Serviço Nacional de Saúde à disposição de quem quiser abortar, não percebe uma coisa: o aborto é uma escolha individual da mãe; fora das circunstâncias limite previstas na lei em vigor, não é uma necessidade de saúde mental ou física. Uma gravidez em condições normais não é uma doença, pelo que não se compreende porque motivo há-de ser "tratada" pelos serviços de saúde pública. Abortar é uma decisão que deve ser assumida por quem a pratica, com todos os custos (psicológicos e materiais) inerentes, por mais ingratos que sejam, como acontece com muitas outras dificuldades da vida das pessoas. Em suma, o Estado português não tem que ser o protector das mães que abortam.
Curiosamente, até agora neste debate, de um lado e do outro, todos pedem ao Estado para resolver o problema. E enquanto ele continuar a ser «resolvido» por socialistas, em vez de o ser livremente pelos indivíduos, não conseguirá encontrar uma solução digna.
3 comentários:
...subscrevo
O meu caro só fala de dinheiro...
e o feto não vale nada?
«O meu caro só fala de dinheiro...
e o feto não vale nada?»
Falo. Só que não neste «post», mas em muitos outros que já escrevi sobre o assunto, e num artigo publicado pela Atlântico deste mês, onde analiso o assunto com, perdoe-se-me a presunção, alguma profundidade.
Cumprimentos,
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