Quem não percebesse nada da política brasileira e estivesse à espera do debate presidencial de ontem à noite na TV Band - o primeiro da campanha presidencial com eleições marcadas para o próximo dia 1 de Outubro - ficaria provavelmente na mesma.
O debate juntou cinco dos seis candidatos - Cristovam Buarque (PDT), Heloísa Helena (P-SOL), Geral Alckmin (PSDB), José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL) - e ficou sobretudo marcado pela ausência de Lula, que alegou compromissos inadiáveis.
O melhor momento do sarau televisivo ocorreu quando Eymael, o candidato "social-democrata-cristão" com aparência de actor de série televisiva dos anos 70, disse não compreender o espanto dos presentes pela ausência do actual Presidente, já que como ele "não viu nada, não sabe de nada, vai ver não sabia do debate!" De resto, Eymael atingiu outro ponto alto da noite quando, de punho cerrado, voltado para as câmeras, avisou os bandidos brasileiros que o problema nacional da violência "agora é comigo". Incompreensivelmente, um candidato com tamanhas qualidades parece não conseguir "despegar" dos 1% das intenções de voto. Que injustiça!
O resto não se conseguiu distanciar da banalidade e de um discurso social-cristão-tropicalista, que se move em torno de três tópicos: segurança, educação e reforma fiscal. Heloísa Helena fez o papel da esquerda mais radical, ainda que muito moderada, em busca dos votos perdidos por Lula, Buarque é uma espécie de Guterres, socialista soft apaixonado pela educação (é conhecido pelo "candidato de uma nota só", por não falar em praticamente mais nada), Bivar é, compreensivelmente, um desconhecido fascinado pela Europa, que, finda a campanha, regressará provavelmente ao limbo, e nem mesmo Alckmin conseguiu sair da mediocridade, enredado nos problemas de segurança do Estado de São Paulo, de que foi governador durante seis anos.
De registar um ponto curioso: todos os candidatos, à "esquerda" e à "direita", prometem a redução dos impostos e do aparelho de Estado. O que, bem vistas as coisas, se for a sério, já não é nada mau...
O debate juntou cinco dos seis candidatos - Cristovam Buarque (PDT), Heloísa Helena (P-SOL), Geral Alckmin (PSDB), José Maria Eymael (PSDC) e Luciano Bivar (PSL) - e ficou sobretudo marcado pela ausência de Lula, que alegou compromissos inadiáveis.
O melhor momento do sarau televisivo ocorreu quando Eymael, o candidato "social-democrata-cristão" com aparência de actor de série televisiva dos anos 70, disse não compreender o espanto dos presentes pela ausência do actual Presidente, já que como ele "não viu nada, não sabe de nada, vai ver não sabia do debate!" De resto, Eymael atingiu outro ponto alto da noite quando, de punho cerrado, voltado para as câmeras, avisou os bandidos brasileiros que o problema nacional da violência "agora é comigo". Incompreensivelmente, um candidato com tamanhas qualidades parece não conseguir "despegar" dos 1% das intenções de voto. Que injustiça!
O resto não se conseguiu distanciar da banalidade e de um discurso social-cristão-tropicalista, que se move em torno de três tópicos: segurança, educação e reforma fiscal. Heloísa Helena fez o papel da esquerda mais radical, ainda que muito moderada, em busca dos votos perdidos por Lula, Buarque é uma espécie de Guterres, socialista soft apaixonado pela educação (é conhecido pelo "candidato de uma nota só", por não falar em praticamente mais nada), Bivar é, compreensivelmente, um desconhecido fascinado pela Europa, que, finda a campanha, regressará provavelmente ao limbo, e nem mesmo Alckmin conseguiu sair da mediocridade, enredado nos problemas de segurança do Estado de São Paulo, de que foi governador durante seis anos.
De registar um ponto curioso: todos os candidatos, à "esquerda" e à "direita", prometem a redução dos impostos e do aparelho de Estado. O que, bem vistas as coisas, se for a sério, já não é nada mau...
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