Esclarecendo o que entende dever ser uma posição liberal nalgumas questões de política internacional, CN informou-nos que: não aprecia Churchill, a quem imputa um «gosto por conflitos e anti-germanofilia», a ascensão ao poder do comunismo russo, do fascismo alemão e de Estaline na URSS (diz, a propósito destes "esforços" de Churchill, que «foi obra»); que Wilson e Roosevelt (F. D.) foram os responsáveis pelo surgimento de Hitler e que nada lhes é devido pelo fim da II Guerra Mundial e pela libertação da Europa Ocidental; que a aristocracia prussiana teria sido suficiente para despojar este último do governo da Alemanha.
Não querendo fazer apreciações sobre o valor histórico destas convicções, sempre diria, na linha do que CN escreveu num outro «post», que, de facto, deste «liberalismo» e desta «direita» não partilho. Julgo que nem eu nem a esmagadora maioria dos liberais, que fundamentadamente assim se consideram há muito tempo. Ao quer parece, enganados.
Outra questão abordada, que julgo bem mais pertinente do que as anteriores, consiste na relação entre o estatismo e o belicismo da comunidade internacional. Aí estamos inteiramente de acordo. A exaltação dos nacionalismos estatistas dos séculos XIX e XX (onde a aristocracia prussiana não teve papel de pequeno relevo...) foi a causa directa da conflitualidade reinante na Europa a partir, pelo menos, de 1868. Por mim e sobre este assunto, sempre me comoveram os esforços feitos por homens de boa vontade (nem todos propriamente liberais) no seguimento da II Guerra Mundial, para estabelecerem, ao fim de tanto tempo, uma ordem regional pacífica na Europa. Refiro-me, entre outros, a Jean Monnet, figura curiosíssima e que escapa a todas as tentativas primárias de classificação política, que evitando o construtivismo estadual-federalista de outros protagonistas de então (entre eles, Altiero Spinelli), soube encontrar uma solução ordinalista para a aproximação dos Estados europeus, de forma a assegurarem, como têm vindo a fazê-lo há quase sessenta anos, a paz. Curiosamente, o que Monnet propôs e conseguiu que se acabasse por fazer (com todas as vicissitudes naturais de qualquer ?obra? humana) foi exactamente o que Hayek tinha descrito e considerado desejável, em 1943, sobre a eventual eclosão de um «federalismo funcional» (não estadual) na Europa Ocidental. Aqui, certamente que devemos estar de acordo.
Não querendo fazer apreciações sobre o valor histórico destas convicções, sempre diria, na linha do que CN escreveu num outro «post», que, de facto, deste «liberalismo» e desta «direita» não partilho. Julgo que nem eu nem a esmagadora maioria dos liberais, que fundamentadamente assim se consideram há muito tempo. Ao quer parece, enganados.
Outra questão abordada, que julgo bem mais pertinente do que as anteriores, consiste na relação entre o estatismo e o belicismo da comunidade internacional. Aí estamos inteiramente de acordo. A exaltação dos nacionalismos estatistas dos séculos XIX e XX (onde a aristocracia prussiana não teve papel de pequeno relevo...) foi a causa directa da conflitualidade reinante na Europa a partir, pelo menos, de 1868. Por mim e sobre este assunto, sempre me comoveram os esforços feitos por homens de boa vontade (nem todos propriamente liberais) no seguimento da II Guerra Mundial, para estabelecerem, ao fim de tanto tempo, uma ordem regional pacífica na Europa. Refiro-me, entre outros, a Jean Monnet, figura curiosíssima e que escapa a todas as tentativas primárias de classificação política, que evitando o construtivismo estadual-federalista de outros protagonistas de então (entre eles, Altiero Spinelli), soube encontrar uma solução ordinalista para a aproximação dos Estados europeus, de forma a assegurarem, como têm vindo a fazê-lo há quase sessenta anos, a paz. Curiosamente, o que Monnet propôs e conseguiu que se acabasse por fazer (com todas as vicissitudes naturais de qualquer ?obra? humana) foi exactamente o que Hayek tinha descrito e considerado desejável, em 1943, sobre a eventual eclosão de um «federalismo funcional» (não estadual) na Europa Ocidental. Aqui, certamente que devemos estar de acordo.
1 comentário:
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