09 fevereiro 2006

guerra

O Senado dos EUA acaba de ser evacuado sob ameaça de um produto químico desconhecido, provavelmente gás venenoso. A CNN tem estado a cobrir em directo a evolução dos acontecimentos, não se sabendo, até agora, se o alarme disparou com ou sem razão.
Mas, com ou sem motivo real, o estado de alarme em que se vive no território norte-americano, como um pouco por toda a parte, é bem demonstrativo de um facto que apenas a Europa comunitária parece continuar a evitar: o mundo está em guerra. Uma guerra sem território definido, logo uma guerra verdadeiramente global; com um ou vários inimigos declarados mas difíceis de precisar; e que não obedece aos paradigmas clássicos, que terminaram definitivamente com o fim do Império Soviético e do mundo bipolar em que vivemos durante décadas. Para todos efeitos, uma guerra mundial, cuja escalada só agora começou e que poderá ter desenvolvimentos imprevisíveis, porque é precisamente a primeira do seu género. A mais perigosa de todas, portanto.

3 comentários:

Anónimo disse...

Calma! Tudo indica ser falso alarme. O que obviamente não põe em causa o seu ponto. Pelo contrário. O medo alastra quando os perigos se avolumam.

CN disse...

Rui, não concordo nada com isso.

o Mundo está muito mais seguro que antes. A Russia e China abraçaram o capitalismo.

o terrorismo não ameça em nada o mundo. As soluções encontradas até agora é que nao só sáo desadequadas (Iraque) como têm contribuido para piorar.

Mas a ameça real que representa é pequena. Eu diria até, que é um problema de segurança civil e não militar.

A maior ameaça é o medo que não nos deixa raciocinar e torna mais facil embarcarmos em destinos grandiosos que nos prometem segurança à custa da guerra.

È o circulo da "permanent war for permanent peace" de que o estatismo se alimenta.

CN disse...

PS: diga-se que como a noticia de que falou, o estatismo faz tudo para introduzir medo nas pessoas. È disso que se alimenta. Da sensação que sem a sua protecção as pessoas vivem com fragilidade e portanto tudo lhe devem.