19 dezembro 2025

promiscuidade entre política e negócios

 




A promiscuidade entre a política e os negócios é a coisa mais abjecta da democracia portuguesa. Sob a capa de andar a servir o bem comum, o político na realidade serve interesses privados, a começar pelo seu.

Em 2015, passaram já dez anos,  fiz um comentário televisivo sobre o assunto  pelo qual fui criminalizado durante mais de sete anos. Quando, recentemente, fui descondenado, a comunicação social referiu-se ao assunto do seguinte modo:

O então comentador falou em "promiscuidade entre política e negócios", sublinhando que Paulo Rangel era disso um "exemplo acabado" porque é político e estava à frente de uma sociedade de advogados.

"Como políticos andam certamente a angariar clientes para a sua sociedade de advogados - clientes sobretudo do Estado, Hospital São João, câmaras municipais, ministérios disto e ministérios daquilo. Quando produzem um documento jurídico, a questão que se põe é se esse documento é um documento profissional ou, pelo contrário, é um documento político para compensar a mão que lhe dá de comer",

Fonte: cf. aqui

Será que dez anos depois, vamos ter um Presidente da República que cultivou esta promiscuidade a um nível muito superior ao do seu colega Rangel, hoje ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros? 

Eu não quero acreditar.

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