(Continuação daqui)
5. Penedono e mais 46 autarquias
Operação Éter: autarcas e ex-autarcas de 47 câmaras arguidos em investigação às lojas de turismo
O Ministério Público constituiu, ao todo, 74 arguidos.
Operação Éter: autarcas e ex-autarcas de 47 câmaras arguidos em investigação às lojas de turismo
O Ministério Público constituiu 74 arguidos, 59 dos quais autarcas e ex-autarcas de 47 câmaras do Norte e Centro, no processo da investigação às Lojas Interactivas da Turismo do Porto e Norte, realizada no âmbito da Operação Éter.
Segundo um despacho a que a Lusa teve acesso, no processo relativo à investigação das Lojas Interactivas de Turismo (LIT) da Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP) foram constituídos arguidos os actuais presidentes das câmaras de Amares, Arcos de Valdevez, Armamar, Arouca, Boticas, Caminha, Castelo de Paiva, Penedono, Resende, Sabrosa, Tabuaço, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Valpaços, Vila Verde, Vila Pouca de Aguiar e Viseu.
Também arguidos são os vice-presidentes das câmaras de Cinfães, Espinho, Matosinhos, Montalegre, Santa Marta de Penaguião, Sernancelhe, Tarouca, Torre de Moncorvo e vereadores em Armamar, Boticas, Carrazeda de Ansiães, Fafe, Lousada, Mondim de Basto, Oliveira de Azeméis, Paredes de Coura, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Sernancelhe, Vieira do Minho, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Vila Verde.
Fonte: cf. aqui
Comentário:
O caso foi conhecido em 2020 depois de anos de porfiada investigação por parte do Ministério Público.
E o pasmo abalou o país. Em 47 autarquias do norte e centro do país, o povo escolhia para a presidência e vice-presidência das Câmaras Municipais, em eleições devidamente democráticas, criminosos que actuavam em quadrilha.
A quadrilha era bastante democrática porque incluía grandes e pequenos concelhos, concelhos que toda a gente conhece, como Viseu e Vila Nova de Gaia, e outros que muitos portugueses teriam dificuldade em reconhecer como sendo parte do país, como Penedono e Sernancelhe.
O acórdão do Tribunal do Porto era para ser lido amanhã, mas foi adiado (cf. aqui) dada a complexidade do processo.
O caso não é para menos. Se esta malta vai toda dentro fica definitivamente provada a reconhecida incompetência do povo português para a democracia.
E quem é que vai assegurar a presidência e a vice-presidência destas 47 Câmaras, quase um sexto do total das Câmaras existentes no país?
Talvez o Adão. Ele acumula tudo e fica parcialmente resolvido o problema da democracia em Portugal, que é o de o povo não saber escolher os seus governantes. Só escolhe criminosos, pelo menos na óptica do Ministério Público.
(Continua acolá)
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