Desde que abandonei os clássicos do socialismo, Marx, Engels, Lenine, Trotsky e Mao, aí pelos 20 anos, e os troquei por Locke, Constant, Smith, Mises e Rand, tenho entabulado algumas discussões políticas que acabam sistematicamente com uma pergunta que os meus interlocutores consideram um xeque-mate:
— E os pobrezinhos?
Sem SNS, sem escola pública, sem segurança social, o que seria dos pobrezinhos? Eis a questão! Olhe os sem-abrigo nos EUA, é isso que quer para Portugal?
Para os socialistas, o Estado tira aos ricos para dar aos pobres e minimiza, deste modo, as condições da miséria.
Esta narrativa é falsa, como é fácil de demonstrar. Num País como Portugal há muito poucos ricos e se distribuíssemos os seus recursos pelos pobres nada resolveria.
Considerem um bilionário (à americana, em milhares de milhões) e dividam a sua fortuna pelos portugueses. Daria 100 € a cada um, mas se dividirmos apenas por 2 milhões de carenciados, daria 500 € a cada um. Penso que não é por aí.
Na realidade, o Estado saca à classe média para “redistribuir” pelos pobres, mas o carcanhol nunca lhes chega diretamente às mãos. O Estado "investe" em entidades e organismos que estão no terreno em ações sociais e que alimentam uma cáfila de camaradas. Ao expoliar a classe média, o Estado cria pobres.
Passa-se o mesmo com as guerras. Quando lemos que os EUA já enviaram 100 MM$ para a Ucrânia, a grande fatia do pastel foi para o complexo militar-industrial norte-americano.
Recordo-me de uma anedota que explica bem o que é o socialismo, trata-se de uma conversa entre dois irlandeses:
— Ó pá, se eu morrer primeiro que tu, quero de despejes uma garrafa de whiskey na minha sepultura.
— Com certeza amigo, não te importas que a destile primeiro pelos rins, pois não?
O Estado socialista saca recursos à classe média, engorda à sua custa e depois atira os excrementos aos pobres.
Só não vê quem não quer.
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