Nessas participações, ele foi construindo o que é a base de sua proposta econômica: primeiro, a dolarização da economia, imitando o modelo de outros países da região como o Equador.
Em segundo lugar nas propostas está o fechamento do Banco Central. Milei já defendeu em várias entrevistas que a criação da instituição, em 1935, foi o início de todos os problemas do país.
Terceiro: a redução nos gastos públicos. Nessa linha, Milei quer reduzir o número de ministérios para apenas oito (atualmente são 18 ministérios, sem contar outras agências estatais).
Mas, além de suas propostas econômicas radicais, é no campo social e dos costumes que as ideias de Milei têm causado maior agitação.
Em várias ocasiões, especialmente durante a campanha presidencial, Milei afirmou ser a favor de que os argentinos possam comprar armas livremente, justificando para isso o aumento de incidentes de segurança em algumas áreas do país.
O candidato já falou também a facilitação para outro mercado: o da venda de órgãos, atividade atualmente proibida: "Há 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes. Tem alguma coisa que não está funcionando bem. O que proponho é procurar mecanismos de mercado para resolver este problema", disse o candidato ao canal de televisão TN.
"No meu governo, não haverá marxismo cultural e não pedirei perdão por ter pênis. Se dependesse de mim, fecharia o Ministério da Mulher", disse o candidato em entrevista.
Dentro da proposta de redução de gastos públicos, Milei tem deixado claro que haverá cortes nas principais áreas sociais: saúde, educação e desenvolvimento social.
Ele quer aglutinar os três ministérios que tratam dessas questões em um só, que se chamaria de "Capital Humano".
Na área da saúde, ele propõe a criação de um "seguro universal", em que os usuários e médicos chegariam a um acordo sobre valores pelos serviços médicos.
No campo da educação, Milei propõe o sistema dos vouchers, no qual a educação não seria nem obrigatória nem gratuita.
"O sistema obrigatório não funciona. Se você quiser estudar, terá um voucher e poderá estudar. O dinheiro que o Estado separa para isso seria dividido entre as crianças em idade escolar e um voucher seria entregue aos pais, para que eles possam escolher a escola que querem para os seus filhos" disse o candidato.
Fonte: cf. aqui
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