Na semana que antecedeu o início das célebres e prolongadas férias judiciais, o Ministério Público, para dar a impressão ao povo que lá se trabalha muito, resolveu montar duas grandiosas operações, cada uma delas envolvendo uma centena de agentes da justiça, uma tendo como alvo o PSD, a outra a Altice, e ambas destinadas a produzir o mesmo resultado final daqui por muitos anos - nada.
Nestas operações estão todos os elementos da chamada "justiça inquisitorial" que, aplicada numa democracia, se chama, criminalidade inquisitorial.
-a denúncia anónima;
-as buscas;
-as suspeitas, baseadas em indícios (frequentemente fabricados), em lugar de provas;
-a devassa da vida privada com a apreensão de objectos da vida íntima dos visados (v.g., agendas, telemóveis);
-o aparato público para causar escândalo, lançar o opróbrio sobre os visados e o terror na população;
-o confisco de bens pessoais sem que tenha havido qualquer condenação, um verdadeiro roubo;
-a detenção de pessoas pacíficas sem julgamento, autêntico crime de sequestro;
-o juiz de instrução que faz equipa com os acusadores (magistrados do MP) e a quem falta, por isso, o mais elementar atributo de um verdadeiro juiz - a imparcialidade. Trata-se de um impostor, não de um juiz.
Nada disto é justiça numa sociedade democrática. Tudo isto é criminalidade oficial e terrorismo de Estado.
Tudo isto é o pior que existe na cultura portuguesa e que a democracia trouxe ao de cima. Salazar queixava-se que, antes dele, também era assim.
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