ECO: "João Tiago Silveira é advogado e sócio da Morais Leitão desde 2017. Coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente. Este é o escritório que, aliás, tratou da polémica indemnização de 500 mil euros de Alexandra Reis, na altura da saída da TAP". (cf. aqui)
Comentário. A Morais Leitão, em representação da Alexandra Reis, fez tudo o que podia para que a Alexandra Reis saísse da TAP, e saísse feliz, porque não é qualquer português que abandona o seu emprego com 500 mil euros no bolso. Está apenas por saber quanto é que a Alexandra Reis pagou à Morais Leitão.
Agora a Morais Leitão mete na TAP, a chefiar o gabinete jurídico, em substituição da mulher de Fernando Medina, a mulher de um dos seus sócios, que um dia sairá de lá, evidentemente, com outra fortuna no bolso, assessorada pela Morais Leitão. Mais importante ainda, a Morais Leitão passa a ter inside information sobre os negócios que passam pelo departamento jurídico da TAP.
Existe uma intimidade excessiva entre a Morais Leitão e o Governo do Partido Socialista. O Governo faz tantas coisas boas pela Morais Leitão, que é caso para perguntar se a Morais Leitão não retribui o Partido Socialista, já não digo com uma comissãozita, mas ao menos com uma gorjeta.
As grandes sociedades de advogados são a instituição perfeita para os crimes de corrupção nas suas diferentes variantes (v.g., tráfico de influências) porque têm um pé na justiça, outro na política e ainda outro nos negócios, como se vê pelo exemplo acima. São também o paraíso das situações de conflito de interesses que, normalmente, são as situações propiciadoras da corrupção.
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